terça-feira, 30 de julho de 2013

Projeto Educacional Ponto Final no Abandono – 2º. Concurso Cultural



Iniciam-se no dia 05 de agosto as atividades educativas do  Projeto Educacional Ponto Final no Abandono – 2º. Concurso Cultural, que tem como objetivo o desenvolvimento e fortalecimento de valores de responsabilidade, comprometimento e respeito com todas as formas de vida.
É um projeto de autoria e gestão das organizações IPAEC – Instituto de Proteção Animal e de Exercício da Cidadania e Movimento SOSBICHO de Proteção Animal, ambas de Curitiba.
O foco do projeto é a guarda responsável de animais e o público alvo é a comunidade escolar. Nesta segunda edição do concurso, as atividades educativas estão sendo desenvolvidas nas escolas convidadas da rede pública estadual  que estabeleceram um pacto de comprometimento com as organizações educadoras.
Também participarão estabelecimentos de ensino da rede privada e demais da rede pública, bem como qualquer criança ou adolescente que se enquadre na faixa de 10 a 17 anos, desde que faça sua inscrição no site oficial do concurso www.ipaec.org.br.
Neste site é possível a leitura de textos produzidos especialmente para o Projeto Ponto Final no Abandono e de textos compilados de outras fontes. Também estão ali vídeos que tratam do tema numa perspectiva mais ampla, abordando as diversas formas de abandono, não apenas de animais. Há textos em língua inglesa para que escolas de idiomas e professores do ensino regular possam estimular seus alunos a participarem do concurso.
As modalidades artísticas do concurso são: redação e desenho (de 10 a 13 anos) e fotografia e vídeo (de 14 a 17 anos).
As atividades oferecidas para fortalecimento dos conteúdos são: jogos e atividades lúdicas, oficina de desenho e escrita, oficinas de vídeo o fotografia, gincanas, meditação, palhaços, entre outras.
Para o mês de agosto a agenda de atividades já está lotada. Todavia, os estabelecimentos de ensino ainda podem se inscrever para as ações educativas para o mês de setembro vindouro ou para receber material de apoio e de divulgação.
As inscrições para o 2º. Concurso Cultural iniciam-se no dia 15 de setembro e vão até dia 17 de novembro de 2013. Até o dia 05 de dezembro os vencedores já terão sido escolhidos e premiados.
Entre os prêmios que foram doados por pessoas físicas e empresas: 1 IPAD, 2 tablets, 1 Câmera fotográfica digital, 1 book fotográfico, 2 pacotes de cursos de desenho, relógios e livros.
Para conhecer mais o Projeto Educativo Ponto Final no Abandono, seu regulamento, sua proposta, fundamentação ética e pedagógica, acessar:
 www.ipaec.org.br  e movimentososbicho.blogspot.com.

Contatos:

Leyla Orilio -  leylaorilio@yahoo.com.br, telefones (41) 9122-9355 e 3369-2476 – IPAEC

Laelia Tonhozi – movimentososbicho@gmail.com, telefones (41) 8866-9061 e  3203-5888 –       Movimento SOSBICHO de Proteção Animal – facebook movimentososbicho

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Ponto Final no Abandono de Animais: uma estória com final feliz

Um dia, a moça que protegia os animais que apareciam abandonados, maltratados, tristes, machucados e esquecidos, perguntou-se: o que fazer para colocar um ponto final neste abandono?
Resolveu sair perguntando a várias pessoas que conhecia: perguntou aos seus amigos, à sua professora, à delegada de polícia, ao promotor publico, aos seus vizinhos, ao menino que passava todo dia com seu cachorro, à veterinária que cuidava de sua gatinha, ao guarda de trânsito, à dona da padaria, ao pedreiro. E até ao prefeito.
Escutou muitas palavras que não esqueceu: responsabilidade, respeito, educação, guarda responsável, gratidão, compaixão, alegria, solidariedade e carinho.
Ouviu até uma frase legal: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”. Soube depois que foi um escritor francês que colocou estas lindas palavras em um livro chamado “O Pequeno Príncipe”. O nome dele era Antoine Saint-Exupéry.
E não é que este cara tinha razão? E sabe por quê? Porque os animais sentem quando os amamos, da mesma forma em que sabem quando os traímos, pela ingratidão. Eles têm consciência de os tratamos bem, e sabem também quando os tratamos mal. E o pior, não têm como se defender.
Mas como fazer para colocar um ponto final no abandono, continuava se perguntando a moça?
Como fazer para que um cachorro velhinho não seja descartado pela chegada do filhote novinho em folha ? E o gatinho que terá que ficar sozinho porque a família vai viajar de férias? E o cachorrão que guarda o terreno, dia a dia sozinho, sem abrigo e vivendo dos restos que os vizinhos lhe dão? E a cadelinha, quem mandou ficar prenha? Rua! E a pobre égua, nem água, feno e descanso após um dia de trabalho, com relho correndo solto no lombo?
Estes são tristes retratos do abandono !
A moça pensou, pensou e chegou à seguinte e brilhante conclusão: vamos transformar aquelas palavras mágicas que escutou em atitudes e vamos colocar um ponto final no abandono !
Juntou as palavras e transformou num grande coro, que foi pela internet, pelo rádio, televisão, pelas ruas, pelas escolas, pela prefeitura, por todos os becos da cidade.
E numa só voz construiu uma outra estória…
Era uma vez uma cidade que respeitava seus animais, porque todos compreenderam que um amigo é para a vida toda. E todos passaram a ser solidários uns com os outros, pois aprenderam com os animais o real significado da gratidão, compaixão, alegria, solidariedade e carinho. E todos foram felizes para sempre.
Autor: Laelia Tonhozi

Para educar você precisa ser !


Neurocientistas de todo o mundo assinam manifesto reconhecendo consciência dos animais


Publicado em 16 de julho de 2012 em NotíciasPelos Animais▼ Importante


Da Veja |Neurocientista explica por que pesquisadores se uniram para assinar manifesto que admite a existência da consciência em todos os mamíferos, aves e outras criaturas, como o polvo, e como essa descoberta pode impactar a sociedade.
O neurocientista canadense Philip Low ganhou destaque no noticiário científico depois de apresentar um projeto em parceria com o físico Stephen Hawking, de 70 anos. Low quer ajudar Hawking, que está completamente paralisado há 40 anos por causa de uma doença degenerativa, a se comunicar com a mente. Os resultados da pesquisa foram revelados no último sábado (7) em uma conferência em Cambridge. Contudo, o principal objetivo do encontro era outro. Nele, neurocientistas de todo o mundo assinaram um manifesto afirmando que todos os mamíferos, aves e outras criaturas, incluindo polvos, têm consciência. Stephen Hawking estava presente no jantar de assinatura do manifesto como convidado de honra.
Low é pesquisador da Universidade Stanford e do MIT (Massachusetts Institute of Technology), ambos nos Estados Unidos. Ele e mais 25 pesquisadores entendem que as estruturas cerebrais que produzem a consciência em humanos também existem nos animais. “As áreas do cérebro que nos distinguem de outros animais não são as que produzem a consciência”, diz Low, que concedeu a seguinte entrevista ao site de VEJA:

Estudos sobre o comportamento animal já afirmam que vários animais possuem certo grau de consciência. O que a neurociência diz a respeito?
Descobrimos que as estruturas que nos distinguem de outros animais, como o córtex cerebral, não são responsáveis pela manifestação da consciência. Resumidamente, se o restante do cérebro é responsável pela consciência e essas estruturas são semelhantes entre seres humanos e outros animais, como mamíferos e pássaros, concluímos que esses animais também possuem consciência.
Quais animais têm consciência?
Sabemos que todos os mamíferos, todos os pássaros e muitas outras criaturas, como o polvo, possuem as estruturas nervosas que produzem a consciência. Isso quer dizer que esses animais sofrem. É uma verdade inconveniente: sempre foi fácil afirmar que animais não têm consciência. Agora, temos um grupo de neurocientistas respeitados que estudam o fenômeno da consciência, o comportamento dos animais, a rede neural, a anatomia e a genética do cérebro. Não é mais possível dizer que não sabíamos.
É possível medir a similaridade entre a consciência de mamíferos e pássaros e a dos seres humanos?
Isso foi deixado em aberto pelo manifesto. Não temos uma métrica, dada a natureza da nossa abordagem. Sabemos que há tipos diferentes de consciência. Podemos dizer, contudo, que a habilidade de sentir dor e prazer em mamíferos e seres humanos é muito semelhante.
Que tipo de comportamento animal dá suporte à ideia de que eles têm consciência?
Quando um cachorro está com medo, sentindo dor, ou feliz em ver seu dono, são ativadas em seu cérebro estruturas semelhantes às que são ativadas em humanos quando demonstramos medo, dor e prazer. Um comportamento muito importante é o autorreconhecimento no espelho. Dentre os animais que conseguem fazer isso, além dos seres humanos, estão os golfinhos, chimpanzés, bonobos, cães e uma espécie de pássaro chamada pica-pica.
Quais benefícios poderiam surgir a partir do entendimento da consciência em animais?Há um pouco de ironia nisso. Gastamos muito dinheiro tentando encontrar vida inteligente fora do planeta enquanto estamos cercados de inteligência consciente aqui no planeta. Se considerarmos que um polvo — que tem 500 milhões de neurônios (os humanos tem 100 bilhões) — consegue produzir consciência, estamos muito mais próximos de produzir uma consciência sintética do que pensávamos. É muito mais fácil produzir um modelo com 500 milhões de neurônios do que 100 bilhões. Ou seja, fazer esses modelos sintéticos poderá ser mais fácil agora.
Qual é a ambição do manifesto? Os neurocientistas se tornaram militantes do movimento sobre o direito dos animais?
É uma questão delicada. Nosso papel como cientistas não é dizer o que a sociedade deve fazer, mas tornar público o que enxergamos. A sociedade agora terá uma discussão sobre o que está acontecendo e poderá decidir formular novas leis, realizar mais pesquisas para entender a consciência dos animais ou protegê-los de alguma forma. Nosso papel é reportar os dados.
As conclusões do manifesto tiveram algum impacto sobre o seu comportamento?
Acho que vou virar vegetariano. É impossível não se sensibilizar com essa nova percepção sobre os animais, em especial sobre sua experiência do sofrimento. Será difícil, adoro queijo.
O que pode mudar com o impacto dessa descoberta?
Os dados são perturbadores, mas muito importantes. No longo prazo, penso que a sociedade dependerá menos dos animais. Será melhor para todos. Deixe-me dar um exemplo. O mundo gasta 20 bilhões de dólares por ano matando 100 milhões de vertebrados em pesquisas médicas. A probabilidade de um remédio advindo desses estudos ser testado em humanos (apenas teste, pode ser que nem funcione) é de 6%. É uma péssima contabilidade. Um primeiro passo é desenvolver abordagens não invasivas. Não acho ser necessário tirar vidas para estudar a vida. Penso que precisamos apelar para nossa própria engenhosidade e desenvolver melhores tecnologias para respeitar a vida dos animais. Temos que colocar a tecnologia em uma posição em que ela serve nossos ideais, em vez de competir com eles.

http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/nao-e-mais-possivel-dizer-que-nao-sabiamos-diz-philip-low

segunda-feira, 8 de julho de 2013

O preconceito e o mal que ele faz


                                                                                                                                      Laelia Tonhozi*


O especismo é uma forma de preconceito


Muitas vezes maltratamos ou discriminamos outras pessoas sem entender o motivo pelo qual estamos fazendo isto.
Dificilmente refletimos sobre a razão de tal comportamento. Muitas vezes descobrimos isto da forma mais dolorosa: porque somos nós, naquele momento, que estamos sendo maltratados.  Ou porque somos mais gordinhos que os outros, ou porque somos magrinhos, ou porque usamos óculos, ou gostamos de música sertaneja e não de rock. Às vezes porque somos de uma religião diferente, ou porque não comemos carne.
Por muito tempo a humanidade tratou as pessoas do grupo étnico-racial negro como escravos, porque apresentavam a cor da pele mais escura.
Também é muito comum até hoje, chamar as mulheres loiras de burras, o que demonstra duplo preconceito e um erro: com as mulheres e com as loiras – que não são menos inteligentes que os homens, nem  mais ou menos inteligentes que as ruivas ou morenas. E o equívoco é que não existe o gênero feminino de burro na natureza, que, aliás, é um animal bem inteligente.
Introduzo estas reflexões porque quero falar de um outro preconceito bem pouco falado: o especismo: o especismo é um preconceito que exercemos contra outros animais, os que não são humanos.
E por nos considerar superiores, porque somos humanos, donos de um tipo de inteligência diferente da dos outros animais, julgamos que podemos explorá-los.
Dificilmente paramos para pensar que esta é uma forma de pensar que nós herdamos de nossos ancestrais (humanos) e que não é justa com as demais espécies: cada um tem sua própria forma de pensar, sua própria inteligência, sua própria forma de sentir, de desejar, de sofrer.
Não é raro nos esquecermos de que os animais também têm família e que a separação de um porquinho de sua mãe é muito dolorosa. E que matá-los para comê-los, pode não ser uma atitude muito elogiosa.
Mas é isto que nossa civilização vem fazendo.

Assim, na própria vez que o assunto “preconceito” aparecer em sua roda de conversa, introduza este tema e mostre que o preconceito é uma herança que deve ser combatida porque faz mal a muita gente, digo, a todo mundo!

*Laelia Tonhozi é educadora ambiental e é membro do Movimento SOSBICHO