FERNANDO SILVA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Não, as plantas carnívoras não comem o dedo de ninguém! O cardápio delas é basicamente composto por insetos. Raramente, algo maior, como um pássaro, pode ser "vítima".
"Elas chupam o caldinho do mosquito", disse Bruno Koszo, 5, ao se deparar com uma planta carnívora que a "Folhinha" levou ao parque Ibirapuera.
Os gêmeos Abelardo e Emanuel Fernandes, 11, fizeram perguntas. "Têm olhos? Como elas comem?" Abelardo surpreendeu-se quando a dioneia (uma das espécies) fechou-se e quase pegou seu dedo. "Tomei um susto", disse, rindo.
Gabo Morales/Folhapress | ||
Os gêmeos Abelardo e Emanuel, 11, brincam com espécie de planta carnívora no parque do Ibirapuera |
Achar esse tipo de planta em São Paulo não é fácil. Segundo a prefeitura, os parques não têm. O desconhecimento do cultivo pode explicar a ausência, diz José Mauricio Piliackas, 47, doutor em biologia e apaixonado pelo assunto desde a infância. Ele é dono de uma coleção com 280 exemplares em Monte Verde (MG), aberta ao público.
Quem também coleciona carnívoras é o servidor público Marcio Calazans, 41. Ele criou, no sobrado onde mora, em Osasco (SP), uma estufa com tela para dar sombra e sistema automático para regar as plantas. "Elas gostam de umidade e calor." Ele dá insetos, como o tenébrio (uma larva), para mudas em fase de crescimento.
No Ceagesp (grande mercado de São Paulo), há uma banca de carnívoras (que custam a partir de R$ 5), do engenheiro agrônomo Marcos Ono, 49. Ele conta que seus clientes têm as mais variadas idades. "Tem criança de cinco anos e criança barbuda de 50!"
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Fonte: Folha de São Paulo, 16 de março de 2013
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