terça-feira, 29 de outubro de 2013

Direitos aos animais - Anderson Furlan

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Nos primórdios, as necessidades dos bandos de caçadores-coletores e das primeiras civilizações conduziram os seres humanos à apropriação dos animais, principalmente para alimentação. A necessidade se transformou em cultura, e a cultura encontrou na ignorância científica e em postulados religiosos contraditórios fundamentos para a instrumentalização de animais, sem restrições. Se Aristóteles construiu um muro conceitual para separar humanos e animais, outorgando ao ser humano a condição de epicentro de toda ordem universal, Darwin vergou a linha evolutiva para incluir o ser humano como mais um das centenas de elos da cadeia da vida, devolvendo-o ao reino animal. Watson e Crick, desvendando o segredo do DNA em 1953, abriram as portas para que a ciência mapeasse o genoma de centenas de seres vivos, denunciando enfaticamente a animalidade comum e a proximidade chocante dos humanos com demais seres – humanos e chimpanzés compartilham mais de 98% do mesmo DNA.
Em julho de 2012, contrariando Tomás de Aquino, René Descartes e tantos outros, foi publicada a Declaração de Cambridge, em que um grupo internacional de neurocientistas categoricamente reconheceu que os animais, assim como os humanos, experimentam estados afetivos e possuem os substratos neuroanatômicos, neuroquímicos e neurofisiológicos de estados de consciência e capacidade de exibir comportamentos intencionais. Sendo humanos e animais partes do todo, compartilhando estruturas genéticas, constituição física e química, sentidos e capacidades neuronais, estando irremediavelmente unidos pelo medo da morte e da dor, não exige a racionalidade um tratamento jurídico que garanta minimamente direitos fundamentais a algumas espécies de animais? A não ser por uma esquizofrenia antropocêntrica, parece não fazer muito sentido acreditar ou defender que um punhado de células embrionárias tenha mais proteção jurídica que centenas de outras formas de vida abandonadas ao jugo humano em laboratórios ou frigoríficos.

Obviamente, nem todos os direitos humanos são passíveis de serem outorgados aos animais. Esta diferenciação é a pedra angular do Direito, que trata desigualmente os desiguais na medida de suas diferenças. Não tem sentido se falar em se outorgar o direito ao voto aos animais, por exemplo. Os direitos devem ser outorgados e exercidos de acordo com as características dos titulares.
A legislação atual, em várias partes do mundo, trata os animais como coisas, podendo seus donos usar e dispor delas como bem entenderem. Pesquisas mundiais, entretanto, revelam que a esmagadora maioria das pessoas condena a crueldade contra animais. Muitos países, como o Brasil, proíbem a crueldade contra os animais, mas, para tornar mais eficiente a defesa de outros seres vivos, discute-se a possibilidade de se outorgar efetivos direitos aos animais. Isso depende de uma decisão política. Depende de uma comunidade reconhecer legalmente que animais merecem respeito e consideração a ponto de serem titulares de alguns direitos fundamentais, como o direito à vida e à liberdade. Sonegar aos animais um catálogo mínimo desses direitos frauda a própria animalidade que nos vivifica e a racionalidade que nos anima.
As grandes transformações nunca aconteceram na base do tudo ou nada. A outorga de direitos aos animais é um debate moral. Embora não seja o ideal, é imperativo que se comece a outorgar alguns direitos, ainda que dentro de limites, como apregoa Steve Wise, da Harvard Law School. O que não se concebe mais é que uma folha de papel, denominada pessoa jurídica, tenha direito subjetivo à sua dignidade moral enquanto animais conscientes são tratados como coisas, e que a violação de uma sepultura ou cadáver humano seja mais relevante para a legislação que o sofrimento de animais.
Anderson Furlan, mestre e doutorando em Ciências Jurídico-Econômicas pela Faculdade de Direito de Lisboa, é juiz federal e autor de livros.

Jornal Gazeta do Povo, em 28.10.2013

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Aluno que se recusou a ver dissecação: cientistas perderam sua base

Ativistas divulgaram fotos de cães beagles libertados do Instituto Royal, em São Roque (SP), onde animais seriam vítimas de crueldade Foto: Twitter / Reprodução
Ativistas divulgaram fotos de cães beagles libertados do Instituto Royal, em São Roque (SP), onde animais seriam vítimas de crueldade
Foto: Twitter / Reprodução
  • Matheus Pessel

Em 2007, o então estudante de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Róber Bachinski conseguiu na Justiça uma liminar que permitia que ele não participasse de aulas com vivissecção (dissecação) de animais. Seis anos depois, ele não desistiu de substituir o uso de bichos em sala de aula, nem em pesquisa. Bachinski estuda no Centro para Alternativas aos Testes em Animais da Universidade Johns Hopkins (EUA), como parte de um doutorado-sanduíche na Universidade Federal Fluminense (UFF). Em entrevista ao Terra, ele conta como foi sua luta nos tribunais e afirma que a ciência passa por uma revolução, que incomoda muita gente que está perdendo a base na qual estava acostumado a trabalhar.
Aula sem animais
"Como desde adolescente não concordo com o uso de animais, seja para qualquer fim, não quis apoiar o uso de animais no meu ensino também. Através de vários contatos com organizações e pesquisas sobre outras universidades, notei que não é necessário o uso de animais no ensino", conta Bachinski por e-mail. Então estudante da UFRGS, ele diz ter tentado conversar com os professores e a universidade, pois não era necessário promover o sofrimento de um animal, sendo que existem vídeos, simuladores e outras alternativas ao uso de um ser vivo. Como não conseguiu convencer os docentes e a instituição, recorreu à Justiça, e venceu.
A UFRGS acabou por recorrer e ganhou em segunda instância. Mas a celeridade da Justiça permitiu que o estudante fizesse todas as disciplinas sem que precisasse participar de aulas com vivissecção.​

A vitória do universitário no Rio Grande do Sul acabou encorajando outros jovens a evitarem esse tipo de aula. "Hoje os professores estão mais dispostos a entender o posicionamento dos alunos e buscar alternativas. Desde 2007, muitos alunos me escrevem e sempre aconselho conversar com os professores primeiro, inclusive propondo pesquisas sobre novos métodos de ensino. A grande maioria dos casos se resolve de imediato, sem necessidade de confronto, desgastante para todos os lados."
"Definitivamente, o uso danoso de animais pode ser banido da sala de aula. Isso já ocorre em muitas faculdades no Brasil (como a Faculdade de Medicina da UFRGS, uma das melhores do Brasil, a faculdade de Medicina Veterinária da USP, e outras universidade) e no exterior. Não há motivos para se matar animais ou utilizar animais como cobaias para aulas práticas. Há diversos simuladores gratuitos produzidos no exterior e alguns produzidos no Brasil (em português), além de técnicas de conservação de cadáveres obtidos eticamente (para ensino e prática de procedimentos básicos, através de cadáveres de animais que morreram em hospitais ou que foram eutanasiados para cessar o sofrimento dos animais em caso de doenças terminais)."
Pesquisa
Para Bachinski, se na sala de aula podemos substituir os animais por métodos alternativos, na pesquisa temos um futuro "promissor" para isso. Ele lembra, por exemplo, a tentativa dereproduzir o funcionamento humano em "chips", como no programa Human Organs-on-Chips, do Insituto Wyss, ligado à Universidade de Harvard.
"Há muitas pesquisas nessa área, em especial aquelas baseadas em bioengenharia, associadas com testes químicos e bioinformática. (...) Hoje temos diversas metodologias in vitro que são recomendadas pelas Farmacopeias Europeia e Americana, bem como pela OECD (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), para a substituição do modelo animal, porém ainda não implementadas no Brasil", diz Bachinski. 
No uso de animais para avaliação e registro de produtos, em algumas áreas essa prática está diminuindo e já foi até banida. "Para cosméticos, claramente não se necessita usar animais para o desenvolvimento e registro. Demonstrando isso, a União Europeia e a Índia já proibiram o uso de animais para esses fins. A Humane Society International, com um grupo no Brasil, enviou recentemente um relatório ao Concea (Conselho Nacional de Controle da Experimentação Animal), solicitando a proibição em âmbito nacional do uso de animais para testes de cosméticos."
Revolução científica
Para o doutorando, há resistência por parte de professores e pesquisadores a estas mudanças porque passamos por uma revolução e, como resultado, esses cientistas estão perdendo as bases nas quais estão acostumados a trabalhar.
"Eu vejo o uso de animais como um ótimo exemplo de paradigma científico, descrito por Thomas Kuhn (físico e filósofo americano, autor do livro "A Estrutura das Revoluções Científicas"), onde a sociedade não aceita mais a ciência normal com todas as suas anomalias (como muitos casos de efeitos colaterais de medicamentos não preditos pelos testes em animais e que são apenas registrados na pesquisa clínica ou, mais tardar, no mercado)", diz o pesquisador.
Bachinski afirma que a sociedade exacerba uma crise científica pela qual passamos: a do modelo animal. "Claro que isso causa medo e muitos desconfortos, pois em um momento de revolução científica, as bases se perdem e não se mostram tão sólidas, mas ao mesmo tempo, esse é um momento único com todas as oportunidades e vantagens." 
O doutorando afirma que é imperativo respeitar os seres sencientes (que têm a capacidade de sentir, inclusive dor), o que levaria o cientista a "manter em paralelo a sua pesquisa uma linha para desenvolver um método alternativo. Isso aumentaria a velocidade de produção de metodologias e dados para as pesquisas". 
"O avanço científico é muito rápido e temos apenas um recorte momentâneo, mas acredito que seja muito factível que em meio século ou menos não necessitemos mais utilizar animais nos laboratórios. Há meio século ainda realizávamos exame de gravidez injetando urina em sapos, uma técnica que hoje se passa como inimaginável devido à tecnologia disponível. "

Mãe é uma só, mas filhote...Castre seu animal. Evite o abandono. Cobre políticas públicas.


segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Concurso Cultural Ponto Final no Abandono


Ganhe um iPad, 2 tablets, uma câmera digital, um book fotográfico, 1 curso de desenho, livros e relógios digitais!
Participe!
Inscrições abertas para o Concurso Cultural
 Ponto Final no Abandono
Movimento SOS Bicho e ONG Ipaec discutem o abandono de todas as formas com jovens de 10 a 17 anos
Estão abertas, até o dia 17 de novembro, as inscrições para o concurso “Ponto Final no Abandono” promovido pelo Movimento SOS Bicho em parceria com o Instituto de Proteção Animal e Exercício da Cidadania (Ipaec). O público de 10 a 13 anos pode participar das categorias desenho e redação. Quem tem entre 14 e 17 anos pode se inscrever na categoria fotografia e vídeo.
Os prêmios são diversos, de acordo com a colocação, de 1º ao 3º lugar, e categoria. Entre eles, tablets, ipad e um book fotográfico do Estúdio Sossela, curso de desenho, livros, relógos digitais. 
Inscrições e mais informações no site oficial do concurso: www.ipaec.org.br.
 Para subsidiar o público inscrito, constam textos e vídeos no site, que podem servir de fonte de informação para o desenvolvimento dos trabalhos para as quatro categorias.
O objetivo do projeto é buscar soluções para reduzir o abandono em geral. O Movimento ao longo de sua trajetória trabalha nas escolas públicas e particulares, conscientizando os jovens e buscando mudar a relação do ser humano com o meio ambiente e com todas as formas de vida existentes. Os temas trabalhados são biocentrismo, especismo, formas de consumo, vegetarianismo e tráfico de animais.
Não deixe de incentivar seu filho, sobrinho, aluno, amigo dos seus filhos !
Vamos ajudar a tranformar o mundo através da adoção de bons valores !


25 Razões por que testes em animais são inúteis e cruéis: saiba mais !



1- Menos de 2% das doenças humanas são observadas em animais.

2- Testes em animais e os resultados nos humanos concordam somente de 5 a 25% das vezes.

3- 95% das drogas homologadas por testes em animais são imediatamente descartadas como desnecessárias ou perigosas ao humanos.

4- Pelo menos 50 drogas no mercado causam câncer em animais de laboratório. Mas elas são permitidas porque é admitido que teste em animais não são relevantes.

5- A P&G usou um almíscar artificial apesar de ter causado câncer em ratos. Eles alegaram que os resultados nos testes dos animais eram "de pouca relevância para os humanos".

6- Mais de 90% dos resultados dos testes em animais são descartados por serem inaplicáveis aos homens.

7- Testes em ratos são apenas 37% eficazes na identificação da causa de câncer em humanos. Jogar uma moeda para o alto (cara ou coroa) tem mais acerto.

8- Roedores são animais quase sempre utilizados na pesquisa do câncer. Eles nunca pegam carcinomas, a forma humana de câncer, que afeta as membranas (por exemplo, câncer de pulmão). Seus sarcomas afetam ossos e tecidos conjuntivos: os dois não podem ser comparados.

9- Quando perguntados se concordam que experimentos em animais podem ser enganosos "por conta das diferenças anatômicas e fisiológicas entre os animais e os humanos", 88% dos médicos concordaram.

10- Diferença de sexo entre animais de laboratório pode causar resultados contraditórios. Isso não corresponde com os seres humanos.

11- 9% dos animais anestesiados, que deveriam recobrar consciência, morrem.

12- Estimativa de 83% de substâncias são metabolizadas por ratos de forma diferente do que é nos humanos.

13- De acordo com testes em animais, o suco de limão é um veneno mortal, mas arsênio, cicuta e toxina botulínica são seguros.

14- 88% dos fetos natimortos são causados por medicamentos que são considerados seguros através dos testes em animais.

15- Um em cada seis pacientes hospitalizados estão lá por causa de um tratamento que tenham feito.

16- Nos EUA, 100 mil mortes por ano são atribuídas a tratamentos médicos. Em um ano, 1,5 milhão de pessoas foram hospitalizadas devido a tratamentos médicos.

17- 40% dos pacientes sofrem de efeitos colaterais como resultado de prescrição médica.

18- Mais de 200 mil medicamentos já foram lançados. A maioria deles já foi retirado do mercado. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), apenas 240 são "essenciais".

19- Um congresso de medicina na Alemanha concluiu que 6% das doenças fatais e 25% das doenças orgânicas são causadas por medicamentos. Todos foram testados em animais.

20- A operação de salvamento da gravidez ectópica (gravidez anormal que ocorre fora do útero) foi atrasada 40 anos devido a vivisecção.

21- Aspirina falhou em testes com animais assim como cardioglicosideos (remédio para o coração), tratamentos de câncer, insulina, penicilina e outros medicamentos seguros. Eles teriam sido banidos se fossem baseados nos teste com animais.

22- Trinta e três animais morrem em laboratórios pelo mundo a cada segundo.

23 – Crueldade: Para testar drogas e insumos para a indústria, bilhões de animais – principalmente roedores, cães, gatos e primatas – são trancados em laboratórios anualmente e submetidos a práticas dolorosas. Inserção de substâncias tóxicas em seus olhos, inalação forçada de fumaça e implantação de eletrodos em seu cérebro são apenas algumas destas práticas. Via de regra, são utilizados animais de pequeno porte e dóceis, para facilitar o manejo dentro dos institutos de pesquisa. Neste cenário, a raça Beagle, infelizmente, se encaixa perfeitamente e são eles os preferidos dos vivisseccionistas.

24 – Atraso no desenvolvimento da ciência: O médico norte-americano Ray Greek – um dos entusiastas de que a vivisecção é um atraso ao desenvolvimento da ciência – disse, em 2010, à Revista Veja:
“As drogas deveriam ser testadas em computadores, depois em tecido humano e daí sim, em seres humanos. Empresas farmacêuticas já admitiram que essa será a forma de testar remédios no futuro.”
Ray afirma que os testes são uma falácia e que atrasam a ciência. Ele é voluntário para testes em humanos, desde que observados todos os pré-requisitos de segurança.

25 – Ineficiência dos testes: O médico Ray Greek, ainda em entrevista à Revista Veja, em 2010, afirmou: “A indústria farmacêutica já divulgou que os remédios normalmente funcionam em 50% da população. É uma média. Algumas drogas funcionam em 10% da população, outras 80%. Mas isso tem a ver com a diferença entre os seres humanos. Então, nesse momento, não temos milhares de remédios que funcionam em todas as pessoas e são seguros. Na verdade, você tem remédios que não funcionam para algumas pessoas e ao mesmo tempo não são seguros para outras. A grande maioria dos remédios que existe no mercado são cópias de drogas que já existem, por isso já sabemos os efeitos sem precisar testar em animais. Outras drogas que foram descobertas na natureza e já são usadas por muitos anos foram testadas em animais apenas como um adendo. Além disso, muitos remédios que temos hoje foram testados em animais, falharam nos testes, mas as empresas decidiram comercializar assim mesmo e o remédio foi um sucesso. Então, a noção de que os remédios funcionam por causa de testes com animais é uma falácia.”

Referências e fontes:
www.animalliberationfront.com
www.vista-se.com.br

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Ativistas resgatam animais utilizados em testes e pesquisas de laboratório


Ativistas resgatam e doam 200 beagles usados em testes
18 de Outubro de 2013 • 


Pelo menos 150 ativistas invadiram o Instituto Royal, em São Roque, para resgatar mais de 200 cães da raça beagle, que eram usados em testes de produção de farmacêuticos.  O grupo se surpreendeu com os maus tratos a que os animais eram submetidos no local, e encontrou cães mortos, alguns com os olhos arrancados, e até um cachorro congelado.
Os animais são usados em testes de novos medicamentos, e, de acordo com os ativistas, fetos de ratos também foram encontrados no laboratório. O objetivo dos cruéis cientistas é comprovar a existência de possíveis reações adversas causadas pelos remédios, como vômitos, diarreia, perda de coordenação e até convulsões. Na maioria das pesquisas, os cães são sacrificados antes de completarem um ano, para que seja possível analisar os efeitos dos novos medicamentos no organismo com mais eficiência. No Brasil, é permitido utilizar ratos e cachorros para experimentos.
Em 2012, o Instituto Royal afirmou que segue todas as regulamentações brasileiras e internacionais para as pesquisas com animais em laboratórios. De acordo com a reportagem da Folha de S. Paulo, a corporação negou os maus tratos realizados com os bichos. Além disso, pelo menos 66 beagles estão enjaulados no canil da empresa – a maior parte deles é reprodutora dos filhotes que participarão dos testes cruéis.
O CicloVivo procurou o endereço do local, porém o site e os e-mails estavam fora do ar até o fechamento desta reportagem. Por meio do Facebook, os ativistas estão realizando uma campanha de adoção dos bichinhos que estavam presos.
No ano passado, Instituto Royal começou a ser investigado pelo Ministério Público de São Paulo após as denúncias de maus-tratos aos animais. "Recebemos a denúncia de que esses animais são acondicionados em condições irregulares", contou à Folha Wilson Velasco Jr., promotor do Meio Ambiente em São Roque. E não para por aí: em 2012, o instituto disse que iria fornecer animais para experiências em outros laboratórios.
Em contrapartida, a instituição considerou os ativistas como invasores, e declarou ao jornal Zero Hora que vai denunciá-los. O nome do diretor científico do instituto é João Antônio Pegas Henriques, que acusa os manifestantes por saques e danos na estrutura.
Redação CicloVivo
www.ciclovivo.com.br

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

O Vegetarianismo no Dia Mundial da Alimentação

Os animais só possume um bem: a sua própria vida !




Neste Dia Mundial da Alimentação é importante lembrar que uma dieta vegetariana poderá melhorar a sua saúde, evitará a morte e sofrimento de muito animais e possibilitará mais equilíbrio ambiental, já que a criação de animais exaure as forças do Planeta Terra. 

É importante lembrar também que matar animais para comer é uma das maiores injustiças porque os animais só tem isto a preservar, a sua vida, conforme nos ensina Primatt.

Um outro aspecto fundamental a ser considerado: quando produzimos alimentos que serão consumidos apenas por uma parte da população mundial, aquela que tem acesso a outros tipo de alimentos em abundância, deixamos de produzir alimentos para outras populações que não têm acesso a qualquer outro tipo de alimentos.
O que sabemos é que se utilizássemos  a produção de grãos ( que atende a interesses econômicos na criação de gado), em favor da alimentação humana, não haveria motivos para a fome no mundo. A pecuária atende a interesses econômicos e não a necessidades alimentares da população mundial.

Pense em mudar seus hábitos alimentares: não coma carne e outros produtos de origem animal, tais sejam: ovos, leites e derivados.

E lembre-se: peixe também é carne ! Não vale dizer que é vegetarianos ´”só comer peixe e frango !”

E como nossa cultura muda e nossa alimentação é resultado de nossas escolhas e nossas tradições culturais, uma esperança se aponta: quase 10% dos brasileiros se declaram vegetarianos.


Legal né ? Leia o texto abaixo.




Mais que uma dieta, veganos adotam novo e ético estilo de vida

16 de outubro de 2013 às 7:30

O veganismo é uma opção de vida de pessoas que por razões éticas, não consomem nem utilizam qualquer produto de origem animal em seu cotidiano. Além de melhoras significativas na saúde e no bem-estar, os adeptos da prática são unânimes em afirmar que o benefício imediato é não contribuir para o sofrimento dos animais.
Enquanto o vegetarianismo é socialmente compreendido por pessoas que não comem carnes, mas ingerem outros derivados de animais, como ovo e leite (dieta ovo-lacto-vegetariana), sendo adotado por motivos de saúde, questões éticas ou mesmo ambientais e, até mesmo, espirituais, o veganismo tem como foco principal a luta pela libertação e não exploração animal.
(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)
Isso implica em uma atitude mais aberta por parte do vegano – ou vegan, como é chamado o adepto do veganismo – que vai além de excluir o consumo de alimentos como carne, leite e derivados, ovo e mel, por exemplo. No dia a dia, não utilizam produtos de origem animal no vestuário (pele, couro, lã, seda), abolem rodeios, circos com animais, zoológicos, o uso do trabalho de animais e produtos testados em animais, como remédios, xampus, sabonetes, maquiagens e cosméticos em geral.
“Trata-se de um entendimento de que os animais não estão no mundo para nos servir, que não temos o direito de tratá-los como propriedade ou produto, que devemos reconhecer que o interesse na vida do animal é do próprio animal. Esta é a questão de fundo”, explica Dennis Zagha Bluwol, 32 anos, mestre em Geografia e professor da rede pública do município de São Paulo.
(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)
Ele tornou-se vegano há dez anos e conta que o interesse pelo tema surgiu desde a adolescência. “Passei a sentir incômodo pelo fato de comer animais mortos. Com 17 anos virei ovo-lacto-vegetariano por esta intuição, ainda que não tivesse conhecimento sobre o que acontece com os animais no processo de transformação de seres vivos em alimento. Apenas quando estava na faculdade uma amiga vegana me falou sobre o tema, pesquisei, vi que havia muito mais coisas horríveis que eu ignorava e resolvi virar vegano”, declara Dennis, que escreve sobre o tema em zines, blogs e é colunista na Agência de Notícias de Direitos Animais (ANDA).
A professora de história e analista comercial Gislene Figueira Severino,26, diz que inicialmente tornou-se vegetariana há 14 anos, movida pela questão animal. “Não me sentia bem em saber que ´matava´ para me alimentar e resolvi parar de comer todo tipo de carne, incluindo ovos”, conta.
Naquela época, ela lembra da dificuldade de obter informações sobre o tema. Com o tempo conheceu o veganismo e se identificou. “Percebi que não faria sentido continuar sendo apenas vegetariana. Descobri que a questão ia muito além do ‘deixar de comer carne’. Não se trata apenas do sofrimento animal, que não está restrito somente ao abate, tem também questões ecológicas, econômicas, sociais e, claro, de saúde”, observa.
Há um ano e seis meses, o músico Gustavo Kneubuhl Caetano, 23, começou a se importar com o processo envolvido na produção dos alimentos e outros produtos de origem animal ou que contenham algum ingrediente de origem animal. “Resolvi agir da melhor forma que pude, aderindo ao estilo de vida vegano, em consequência dessa filosofia que prioriza o direito à liberdade animal”.
BenefíciosOs entrevistados afirmaram que o processo de mudança na alimentação foi tranquilo. Além da melhora significativa da saúde de forma geral e do bem-estar, o jornalista Helton Ribeiro afirma que o benefício imediato do veganismo foi tirar o peso por causar sofrimento aos animais.
Quem também compartilha essa opinião é o geógrafo Dennis, que justifica: “Por saber que seu prato de comida, sua roupa ou sua diversão não estão contribuindo para o suplício de mais de cem bilhões de animais anualmente – isto só de animais terrestres, sem contar os aquáticos e os usados para outros fins que não alimentares.”
Antes de tornar-se vegano, Dennis era obeso e tinha problemas com colesterol, triglicérides, pressão alta e gordura no fígado. “Tudo melhorou completamente”, garante. No entanto ele ressalta que não se deve perder de vista que o veganismo não é mais uma dieta da moda. “É um modo de viver eticamente mais aceitável, até porque é plenamente possível ser vegano e se alimentar de junkfood, se for o interesse da pessoa”, observa.
Quem também percebeu uma melhora significativa no sistema imunológico com os novos hábitos alimentares foi a professora de história Gislene. “Sem contar que estou dando a minha contribuição, ainda que bem pequena, para a diminuição do sofrimento animal e da destruição das florestas para criação de pastagens ou plantações de soja que alimentarão o gado”, disse.
“O fato de saber que não financio mais a indústria de produtos de origem animal é o principal benefício”, opina Gustavo, que também considera importante o processo de reeducação alimentar que, a ele, garantiu hábitos mais saudáveis. “Antes disso eu não me alimentava bem. Isso trouxe melhorias em aspectos gerais com relação ao meu bem-estar”, declara o músico.
Fonte: Jornal Jundiaí, a partir de www.anda.jor.br

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Direitos humanos e direitos animais: uma combinação perfeita

GARY FRANCIONE


Caros(as) colegas:
Gary Francione - banco de imagens do google

“Há problemas humanos demais no mundo; precisamos resolvê-los primeiro e só pensar nos animais depois”.
“Primeiro vamos lutar pela paz mundial; depois podemos lutar pelos direitos animais”.
Qualquer pessoa que esteja envolvida na defesa animal frequentemente se depara com esses comentários e outros semelhantes. Muita gente me pergunta que resposta eu dou a esses comentários.
Primeiro de tudo, ninguém está dizendo que quem está engajado na defesa dos  direitos humanos deveria desistir e se engajar na defesa dos direitos animais. Em vez disso, a ideia é que, se aceitamos que os animais são membros da comunidade moral, então devemos parar de comê-los, de usar roupas e sapatos feitos a partir deles, de consumi-los em nossa vida pessoal. Tornar-se vegano não requer que você pare de defender crianças abusadas ou mulheres vítimas de espancamento, nem que você abandone sua militância contra a guerra.
Depois de uma palestra sobre direitos animais que eu dei num centro comunitário, uma mulher veio falar comigo e me informou que era voluntária do centro de atendimento a vítimas de estupro e mulheres espancadas. Disse que era muito favorável a tudo que eu tinha para dizer sobre os animais, mas que estava totalmente ocupada com seu trabalho em prol das mulheres e não sabia como achar tempo para se envolver com os direitos animais.
Eu lhe perguntei: “Você tem tempo para comer, não tem?”
Ela respondeu: “Claro que sim!”
“Você usa roupas, xampus e outros produtos?”
“Sim, claro. Mas o que isso tem a ver com o assunto?”
Tem tudo a ver. Eu lhe expliquei que, se ela realmente levasse a questão animal a sério, tudo que ela precisaria fazer seria parar de consumir animais como comida e vestuário, parar de usar produtos que contivessem animais ou fossem testados neles, e parar de frequentar qualquer tipo de entretenimento que os utilizasse. Se ela nunca fizesse mais nada quanto à questão animal, o ato de se tornar vegana e o exemplo que ela estaria dando aos amigos e à família constituiriam, eles próprios, importantes formas de ativismo que de modo algum interfeririam com seu trabalho em defesa das mulheres.Tornar-se um defensor da abolição é algo que você pode fazer na sua próxima refeição.
Segundo, é um erro achar que as questões da exploração humana e da exploração animal sejam mutuamente excludentes. Ao contrário, todas as formas de exploração estão inextricavelmente ligadas. Toda exploração é uma manifestação da violência. Toda discriminação é uma manifestação da violência. Enquanto tolerarmos qualquer tipo de violência, haverá todo tipo de violência.
Conforme observou o romancista Leon Tolstói: “Enquanto houver matadouros, haverá campos de batalha”.
É claro que Tolstói estava absolutamente certo. Enquanto nós, os humanos, considerarmos normal matar animais para comida, não tendo nenhuma justificativa para isso, a não ser o prazer frívolo que obtemos ao comer ou usar animais, nós consideraremos normal fazer uso da violência quando acharmos que algo mais importante está em jogo.
E o inverso também vale: enquanto tolerarmos o racismo, o sexismo, o heterossexismo e outras formas de discriminação, haverá especismo. Por esta e outras razões, uma coisa importante é que os defensores dos animais nunca deveriam se ver como ativistas “de um tema só”. O especismo é moralmente objetável porque, como o racismo, o sexismo e outras formas de discriminação, exclui os seres do escopo da preocupação moral, com base num critério irrelevante. Não faz a menor diferença se esse critério irrelevante é a raça, o sexo, a orientação sexual ou a espécie. Não podemos dizer, sensatamente, que nos opomos ao especismo mas apoiamos, ou não temos nenhuma posição sobre, outras formas de discriminação. Somos contra o especismo porque o especismo é como o racismo, o sexismo e outras formas de discriminação. Nossa oposição ao especismo implica, de maneira lógica, uma rejeição a essas outras formas de discriminação.
De novo: isso não significa que os defensores dos animais devem parar de trabalhar pelos animais e se tornar defensores dos direitos humanos. Significa, no entanto, que eles devem sempre deixar claro, para as outras pessoas, que eles se opõem a todas as formas de discriminação–e eles não devem jamais praticar a discriminação em sua vida pessoal.
Terceiro, muitas pessoas altruístas querem mudar o mundo, o que é admirável, mas elas não veem que a mudança mais importante ocorre a partir do indivíduo. Como dizia Mahatma Gandhi: “Você precisa ser a mudança que quer ver no mundo”. Se você quer um mundo não-violento, precisa abraçar a não-violência na sua própria vida. O veganismo é um importante componente de uma vida não-violenta, já que, sem sombra dúvida, toda comida de origem animal e todos os outros produtos feitos com a exploração animal são resultados da violência.
Outra boa frase de Tolstói: “Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si próprio”.
© Gary L. Francione
© Tradução: Regina Rheda © 2009 Ediciones Ánima
Texto pertencente ao Blog pessoal de Gary Francione
Fonte: www.anda.jor.br

Fotógrafo mostra tristeza e solidão de animais que vivem em zoológicos

GASTON LACOMBE

13 de outubro de 2013 às 11:40

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
O canadense Gaston Lacombe viajou por nove países para mostrar a infelicidade de animais que vivem em cativeiro. O fotógrafo diz reconhecer como extremamente importante o trabalho de preservação e reprodução de espécies dos mais diversos profissionais espalhados pelo mundo, mas não vê sentido algum em manter os animais vivendo em cativeiro.
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Gaston Lacombe viajou por cinco continentes diferentes para mostrar a solidão e a tristeza dos animais que vivem fechados em parques, bem longe da natureza. Para Lacombe, os animais presos são explorados e apenas contribuem para o enriquecimento dos donos dos parques. Poucos investem no tratamento adequado aos eles, além de alimentação balanceada e reprodução das mínimas condições de seu habitat.
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Durante a viagem, o fotógrafo flagrou pássaros vivendo em lugares fechados e sem luz natural, leões em jaulas de cimento e gorilas trancados em casas com árvores pintadas nas paredes, entre muitos outros abusos.
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Apesar de defender que a grande maioria dos zoológicos deveriam ser fechados, Lacombe preferiu não identificar os parques que vistou e fotografou. Ele acredita que o sentimento passado com as imagens dos animais isolados é que deverá passar a mensagem de seu projeto.
Fonte: GR
    Fonte: www.anda.jor.br

Dia 01 de novembro - Dia Mundial do Veganismo


Veganismo é uma filosofia de vida motivada por convicções éticas com base nos direitos animais, que busca o fim da  exploração ou abuso dos mesmos, através do boicote a atividades e produtos considerados especistas.
Especista porque esta é uma forma preconceituosa de tratar seres de outras espécies, assim como o racista,  é aquele que trata de forma preconceituosa os que não são de sua raça.
Há convicção hoje de que o número de veganos está crescendo porque cada dia se 
difunde mais o cenceito pelo mundo e mais pessoas se declaram adeptas ou 
simpatizantes da ideia.

Etimologia

O termo inglês vegan (pronuncia-se vígan) foi criado em 1944, numa reunião organizada por Donald Watson (1910 - 2005) envolvendo 6 pessoas (após desfiliarem-se da The Vegetarian Society por diferenças ideológicas), onde ficou decidido criar uma nova sociedade (The Vegan Society) e adotar um novo termo para definir a si próprios.
Trata-se de uma corruptela da palavra "vegetarian", em que se consideram as 3 primeiras letras e as 2 últimas para formar a palavra vegan.
Em português se consideram as três primeiras e as três últimas letras (vegetariano), na formação do termo vegano (s.m. adepto do veganismo - fem. vegana).

Ideologia

Veganismo significa os princípios pelos quais o Ser Humano viva sem explorar os animais. É a prática e busca ao fim do uso de animais pelo homem para alimentação, apropriação, trabalho,caçavivissecçãoconfinamento e todos os outros usos que envolvam exploração da vida animal pelo homem. O vegano procura abolir qualquer prática que explore animais, zelando pela preservação da liberdade e integridade animal, no exercício da não-violência, a busca por alternativas aos mais diversos produtos, o não consumismo, entre outras práticas. Veganos boicotam qualquer produto de origem animal (alimentar ou não), além de produtos que tenham sido testados em animais ou que incluam qualquer forma possível de exploração animal nos seus ingredientes ou processos de manufactura. Ou seja, não utilizam produtos de beleza, de higiene pessoal, de limpeza, remédios, etc. que não estejam isentos de crueldade.
Preferem usar os termos "animais não-humanos" ou "seres sencientes", em vez de "irracionais".
É muito importante diferenciar a ideologia vegana da dieta vegetariana. Veganismo não é dieta. É um conjunto de práticas focadas nos Direitos Animais que, por consequência, adota uma alimentação estritamente vegetariana. Entende-se que os animais têm o direito de não serem usados como propriedade, e que o veganismo é a base ética para levar a sério esse direito, pelo mínimo de respeito a eles.
É importante fazer distinção entre a dieta vegetariana lato senso, da dieta vegana.
Um vegano não se alimenta de nenhum produto de origem animal, sejam carne, leite e derivados, mel, etc.

Vestuário, adornos, etc

Artigos em peles, couro, , seda, camurça ou outros materiais de origem animal (como adornos de pérolas, plumas, penas, ossos, pêlos, marfim, etc) são preteridos, pois implicam a morte e/ou exploração dos animais que lhes deram origem. Sendo assim, um vegano se veste de tecidos de origem vegetal (algodão, linho, etc) ou sintéticos (poliéster, etc), mantendo o cuidado de não exagerar com consumismos que também, mesmo que indiretamente, geram degradação/negação aos animais.

Alimentação

Veganos excluem da sua dieta carnes e embutidosbanhavíscerasmúsculosgelatina, peles, cartilagens, lacticíniosovos e ovas, insetosmel e derivados, frutos do mar e quaisquer alimentos de origem animal. Consomem basicamente cereaisfrutaslegumesvegetaishortaliçasalgascogumelos e qualquer produto, industrializado ou não, desde que não contenha nenhum ingrediente de origem animal.
  • As críticas aos atuais padrões de produção dos alimentos vegetais são inexoráveis, haja vista que monoculturastransgênicos e muitos processos industriais degradam faunas inteiras. Por isso, é cada vez mais necessário que práticas de permacultura e agrofloresta estejam agregadas ao veganismo. Há também um vasto trabalho de base a ser feito na produção de vegetais orgânicos, para que não se explore animais no processo produtivo.

Argumentos de Saúde

Pessoas em dietas que incluem comidas de origem animal tem mostrado ter maior probabilidades de ter doenças degenerativas, incluindo doenças do coração.3 De acordo com o Guia de Nutrição para Americanos de 2010, um relatório emitido pelo Departamento de Agricultura Americano e o Departamento de Saúde e Serviços Humanos Americano, uma dieta vegetariana é associada com baixos níveis de obesidade e risco reduzido de doenças cardiovasculares.9 De acordo com um estudo da EPIC-Oxford, uma dieta vegetariana fornece grandes quantidades de cereais, grãos, nozes, frutos e vegetais, e assim sendo uma dieta rica em carboidratosomega-6Fibra dietéticacarotenoidesácido fólicovitamina Cvitamina E, e magnésio. A dieta vegana é mais restrita, e as recomendações são diferentes. Dietas veganas mal planejadas podem ter baixa quantidade de vitamina B12, cálcio, ácidos graxos omega-3, vitamina D, ferro, zinco, riboflavina (vitamina B2) e iodo. 4 A Associação Dietética Americana (The American Dietetic Association) e os Nutricionistas do Canadá (Dietitians of Canada) disseram em 2003 que uma dieta vegana planejada apropriadamente é nutricionalmente adequada para todos os estágios de vida, incluindo gravidez e amamentação, e provê benefícios de saúde no tratamento e prevenção de certas doenças.10 A Comissão Federal de Nutrição Suíça (Swiss Federal Nutrition Commission) e a Sociedade Alemã de Nutrição (German Society for Nutrition) não recomendam uma dieta vegana, e alerta para cuidado para crianças, grávidas e idosos.
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Dean Ornish é um dos médicos que recomenda uma dieta vegana de pouca gorduras para prevenir e reverter certas doenças degenerativas.
Médicos John A. McDougallCaldwell EsselstynNeal D. BarnardDean OrnishMichael Greger e o bioquímico nutricional T. Colin Campbell argumentam que altas gorduras animais e dietas de proteínas, como a dieta padrão americana, é prejudicial para a saúde, e que uma dieta vegana de baixa gordura pode prevenir e reverter doenças degenerativas como a doença arterial coronariana e a diabetes.12 Uma pesquisa de 2006 da Barnard descobriu que em pessoas com diabetes tipo 2, uma dieta vegana de baixas gorduras reduziu o peso, o colesterol total e o colesterol LDL, e foi muito melhor do que a dieta prescrita pela Associação Americana de Diabetes (American Diabetes Association).
O estudo vegetariano de 12 anos da Oxford com 11,000 pessoas recrutados entre 1980 e 1984 indicaram que veganos tinham baixas concentrações de colesterol total e LDL do que carnívoros. Índices de morte eram menores do que em pessoas não comiam carne do que os que comiam carne; a mortalidade por doenças isquêmicas do coração era positivamente associada com o consumo de gorduras animais e com o nível de colesterol na dieta. O estudo também sugeriu que os veganos no Reino Unido podem estar com risco de deficiência de iodo por causa de deficiências no solo.
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Versão vegana da pirâmide alimentar (clique para aumentar).
De acordo com o Associação Dietética Americana (The American Dietetic Association) e os Nutricionistas do Canadá (Dietitians of Canada), dietas que evitam carne tendem a ter níveis baixos de gorduras saturadas, colesterol e proteína animal, e tendem a ter níveis maiores de carboidratos, fibras, magnésio, potássio, ácido fólico e antioxidantes como as vitaminas C e E e fitoquímicos. Pessoas que evitam carne tem reportado terem baixo índice de massa corporal do que pessoas numa dieta americana ou canadense. E pessoas que evitam carne tem baixos índices de morte por doenças isquêmicas do coração, baixo nível de colesterol no sangue, baixa pressão sanguínea, e baixos índices de hipertensão, diabetes tipo 2 e câncer de próstata e colo de útero.4
Uma meta-analise de 1999 de cinco estudos comparando os índices de mortalidade de vegetarianos e não-vegetarianos em países do leste descobriu que a mortalidade por doenças isquêmicas do coração era 26% menor entre veganos comparado com a maioria dos carnívoros, mas 34% menor entre lacto-ovo vegetarianos (vegetarianos que comem laticínios e ovos) e pescetarianos (aqueles que comem peixes, mas nenhuma outra carne). Se acredita que o baixo índice de proteção para veganos comparado com pescetarianos ou lacto-ovo vegetarianos está lingado com os autos níveis de homocisteína, que é causado por insuficiência da vitamina B12, e acreditam que veganos que consomem níveis suficientes de vitamina B12 devem mostrar níveis de risco de doenças isquêmicas do coração menores ainda do que lacto-ovo vegetarianos. Nenhuma diferença significativa de mortalidade por outras causas foi encontrado.
Uma grande pesquisa de 15 anos que investigou no Reino Unido a associação da dieta e o risco de catarata relacionada com a idade descobriu uma diminuição progressiva no risco de catarata dos altos consumidores de carne para baixos consumidores de carne, vegetarianos, e veganos. Descobriu-se que veganos tinham 40% menor risco de ter catarata comparado com os altos consumidores de carne.

Medicamentos, cosméticos, higiene e limpeza


Evitam o uso de medicamentos, cosméticos e produtos de higiene e limpeza que tenham sido testados em animais. Não tomam vacinas ou soros, mas podem violar os princípios veganos quando alternativas não estiverem disponíveis, ou em caso de emergência ou urgência. Alguns optam pela fitoterapiahomeopatia ou qualquer tratamento alternativo.
O vegano defende o surgimento de alternativas para experiências laboratoriais, como testes in vitrocultura de tecidos e modelos computacionais.
São divulgadas entre a comunidade vegana extensas listas de marcas e empresas de cosméticos e produtos de limpeza e higiene pessoal não testados em animais.

Entretenimento

Circos com animais, rodeiosvaquejadastouradas e jardins zoológicos, também são boicotados pois implicam escravidão, posse, deslocamento do animal de seu habitat natural, privação de seus costumes e comunidades, adestramento forçoso e sofrimento.
Não caçam, não promovem nenhum tipo de pesca, e boicotam qualquer "desporto" que envolva animais não-humanos. Muitos seguem o princípio político da não-violência.

Dia Mundial Vegano


O dia 1 de Novembro é marcado pelo Dia Mundial Vegano ("World Vegan Day", em inglês), que é comemorado desde 1994, quando a Vegan Society da Inglaterra comemorou 50 anos de criação.

No link indicado abaixo pode-se encontrar a lista de produtos não testamos em animais no mercado brasileiro.

http://www.pea.org.br/crueldade/testes/naotestam.htm

Parte das informações desta postagem foram retiradas da enciclopedia Wikipedia.