Novo estudo responsabiliza pesticidas pela morte de abelhas
Um painel de cientistas ligados à associação ambientalista IUCN analisou 800 estudos publicados sobre os efeitos dos pesticidas em várias espécies, como as abelhas e as borboletas, concluindo que há provas suficientes para impedir a sua utilização.
24 de Junho, 2014 - 17:26h
Abelhas estão entre as principais vítimas dos pesticidas com neonicotinóides. Foto Texas Eagle/Flickr
O estudo será publicado na revista Environment Science and Pollution Research e vai para além da análise dos efeitos dos pesticidas nas abelhas, abrangendo também as aves ou as minhocas. "A prova é muito clara. Estamos a assistir a uma ameaça à produtividade do nosso ambiente natural e cultivado, semelhante à colocada pelos organofosfatos ou o DDT", afirmou um dos autores do estudo, Jean-Marc Bonmatin, do Centro Nacional para a Investigação Científica de França.
Este estudo conclui que em vez de proteger a produção alimentar, o uso destes pesticidas põe em causa a própria infraestrutura que a sustenta, "pondo em perigo os polinizadores e os controladores naturais de pragas que estão no coração de um ecosistema funcional". No grupo mais afetado pelos efeitos dos pesticidas destacam-se as minhocas, seguindo-se os insetos polinizadores como as abelhas e as borboletas, expostas a alta contaminação através do ar e das plantas.
A exposição à poluição causada pelos químicos destes pesticidas, que são os mais usados a nível mundial, vai muito para além da área onde são usados os pesticidas, revela ainda o estudo, antes de apelar a um maior controlo e recurso ao princípio da precaução por parte das entidades que regulam o uso dos neonicotinóides.
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