Quarta-feira, 13/02/2013
Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Humanização do trânsito passa por mudanças culturais
O aumento da frota de veículos tem motivado mudanças que fogem do escopo de urbanistas e gestores públicos. Em grandes centros, como São Paulo, são comuns as histórias de moradores que optaram por viver em ruas próximas aos locais de trabalho, justamente para evitar o tempo perdido dentro do carro. O movimento também tem valorizado imóveis construídos próximos a estações de metrô, devido à facilidade de acesso ao transporte.
Para especialistas, ações relativamente simples, como a carona solidária, podem surtir efeitos se adotadas em larga escala. Em Los Angeles (EUA), carros que transportam duas ou mais pessoas podem utilizar vias exclusivas. Além de economizar, ao compartilhar os custos da viagem com os colegas, o motorista chega mais rápido ao local de trabalho. “Não é uma solução que vai resolver o problema, mas é uma estratégia criativa. Sinaliza que dar carona vale a pena, não só operacionalmente, mas financeiramente”, afirma o professor do Centro de Pesquisa e Pós-Graduação em Administração da UFPR, Ramiro Gonçalez.
Outra alternativa é o escalonamento de horários entre as escolas e o comércio, mas isso não é cogitado, segundo o secretário de Trânsito, Joel Krüger. “É uma questão bastante complexa, porque envolve uma negociação com todos os atores da cidade. Só seria viável se ocorresse um verdadeiro pacto entre toda a cidade”, diz.
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Introduzimos aqui o tema do uso de cavalos para tração de dejetos, resíduos, artefatos e surpreendemente, até de carros.
Por que somos capazes de tal disparate ? Porque assim aprendemos: aprendemos com nosso antepassados que os animais estavam aí para o nosso uso, associados a objetos e coisas, não dotados de sensibilidade e de inteligência.
Hoje sabemos que podemos mudar: temos que reformular nossas formas de produção e consumo, nossas formas de execução de trabalho, de compreensão de que os animais são deres dotados de sensibilidade e consciência, quer dizer, sentem e pensam.
Tudo passa pela cultura, pela forma como educamos nosso filhos, pela forma como fomos educados.
É possível aceitar ainda situação com a que vemos abaixo ?
Não !
Assim: vamos mudar. Vamos ensinar aos nossos filhos, aos nossos alunos, aos filhos de nossos amigos e aos nossos amigos que:
Os animais têm direito à sua própria vida, que temos que mudar nossa forma de nos relacionarmos com o mundo e com outros seres.
É isto.
Laelia Tonhozi
Educadora Ambiental
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