Em reunião no dia 09
de abril de 2013, os gestores públicos da Rede de Proteção e Defesa dos
Animais de Curitiba, ativistas e protetores da defesa dos animais e as
organizações Sociedade Protetora dos Animais de Curitiba, Ecoforça
Ambientalista, Movimento SOSBICHO, Associação do Amigo Animal, Associação Vida
Animal – AVAN, IPAEC, Companhia das Pulgas, bem como representações de
vereadores da Cidade de Curitiba e representante da ANCLIVEPA, aprovaram em consenso a continuidade do
projeto para a construção do Centro de Resgate de Animais em Situação de Risco
em Curitiba.
Este Centro, que faz
parte do Projeto Executivo da Rede de Curitiba, que foi aprovado pelo Conselho
Municipal de Proteção aos Animais e que é uma das demandas mais fortes dos
defensores dos animais, tendo sido incluído nos compromissos do atual Prefeito
Gustavo Fruet. Já tem um projeto arquitetônico pronto que deverá passar por
adaptações para atender as necessidades definidas nas discussões que ora se
atualizam e já tem até verba para iniciar suas obras, garantidas pelo governo
anterior, no valor de R$850.000,00.
Hoje se sabe que esta
verba não suficiente para toda a obra e sua instrumentalização para entrar em
funcionamento plenamente, mas é suficiente para se fazer parte de sua
implantação e começar a funcionar.
O segmento da defesa
dos animais acredita e defende que este Centro deva receber animais
atropelados, vítimas de maus tratos e em situação de risco, como, por exemplo,
cadelas e gatas prenhas ou em trabalho de parto, ou em risco de vida. Deve
também atender cavalos retirados das vias públicas, que deverão receber pronto
atendimento e serem encaminhados para serviços especializados. Animais
abandonados e resgatados, deverão ser recuperados e colocados em adoção ou
reintegrados na sua localização de origem. Estes animais receberão neste Centro
atendimentos emergenciais e de clínica geral, devendo os casos complexos,
enquanto não de implementam estes serviços na área pública, serem atendidos
pelas universidades da Cidade, em condição de convênios e parcerias.
Também se defende que
possam estes centros, ao longo de sua implantação, serem utilizados como
centros de esterilização de animais, com vistas ao controle ético reprodutivo e
ao bem estar dos animais, bem como para se propiciar um convívio
saudável entre animais e seres humanos.
Defende o segmento que
este Centro possa vir a servir de espaço educativo, onde se possa desenvolver
atividades culturais e eventos de adoções de animais, estes, já previstos
quando da concepção do Centro.
Assim,
sempre na linha de construção de uma política plena e
sistêmica
para a defesa dos direitos dos animais, pautada em princípios éticos e morais
de respeito à vida, aqueles que defendem os animais acreditam: no respeito à história que se vem construindo em Curitiba, como
uma cidade que respeita os animais, bem como, o respeito às decisões da
sociedade civil organizada.
Vivemos numa democracia participativa
e é assim que se propõe a fazer o atual Prefeito Gustavo Fruet.
Que estes princípios
possam pautar e serem incorporados pelos seus atuais gestores.
Movimento SOSBICHO de Proteção Animal, 13.04.2013
movimentososbicho.blogspot.com - face: movimentososbicho
Necessidade de um centro municipal de atendimento a animas em risco
quarta-feira, 10 de abril de 2013 | 16h27
Está sendo discutida a necessidade da
criação de um centro municipal de atendimento a animais em risco em Curitiba,
no momento denominado de CRAR (o que é diferente de atendimento público a
animais de famílias carentes).
Hoje a Prefeitura Municipal de
Curitiba oferece o serviço de recolhimento de animais soltos em via pública,
como cavalos e animas que possam ser agressivos, serviço valioso e necessário
oferecido todos os dias, 24 horas, através da Central 156. Da mesma forma, há a
necessidade de haver um serviço 24 horas para recolhimento e encaminhamento de
animais necessitando de atendimento veterinário emergencial em via pública ou
em situações extremas de maus tratos em locais privados, que deve ser seguido
da responsabilização e punição da família do animal que falhou na guarda
responsável ou por prática de abuso e maus tratos, crime ambiental.
Infelizmente nossa sociedade tem
colocado os animais diariamente em situação de risco e há um número
considerável destes animais que necessita de socorro. Em sua maoiria têm sido
atendidos com dificuldade por organizações não governamentais e voluntários
independentes do segmento de proteção animal. A Prefeitura Municipal de
Curitiba tem se esforçado para atuar neste sentido, mas a dificuldade é grande
devido à falta de estrutura do município.
A Sociedade Protetora dos Animais de
Curitiba (SPAC) tem sido ponto de apoio para solicitações de atendimentos
emergenciais vindos, além da população, de oficiais da Segurança Pública como
Polícias Civil, Militar, do Exército, Rodoviária Federal e Estadual, Bombeiros.
Estes animais são atendidos, tratados, castrados e permanecem na entidade até
serem adotados, ou não.
Muito temos ouvido de posicionamentos
contrários a existência de abrigos, o que consideramos comentários
irrelevantes. Abrigos superlotados, ou não, são simplesmente uma realidade em
nossa sociedade. A maior briga da SPAC hoje com a população que procura a
entidade é o não recebimento de animais saudáveis. A entidade já perdeu
voluntários e colaboradores por manter este posicionamento. Se a entidade não
mata e não abandona animais para controle populacional, e o maior problema
“para os animais“ na entidade é a superpopulação, não há outra opção. Não
receber animais necessitando de socorro emergencial também não é o opção. Eles
não tem outra opção.
Enquanto medidas severas, amplas,
simultâneas de controle populacional ético não forem implantadas, que envolvem
educação, controle de comércio e criadouros, castração, identificação, bases de
um programa eficaz para este controle, muitos animais continuarão a necessitar
de socorro. Enquanto houver mais animais do que lares, os locais que recebem
estes animais correm o risco da superlotação, não importa se serão
universidades, órgãos governamentais, não governamentais, cidadãos a
recebê-los. Somente a diminuição de animais necessitando de socorro combinado a
adoção resolverá esta questão.
Não somos contra convênios, o que em
nossa opinião devem ser iniciados imediatamente para o atendimento dos animais.
A SPAC tem estado disponível sempre que preciso, mesmo sem convênios ou retornos
financeiros. Mesmo assim, é preciso que os municípios tenham estrutura própria,
como é o caso na prestação de outros serviços já existentes.
Os desafios e os compromissos de
Gustavo Fruet
29.10.2012
Jornal Gazeta do Povo
Criação do
Fundo Municipal de Defesa e Proteção Animal;
• 0,1% do
orçamento para programas, projetos e campanhas de conscientização da proteção
dos animais;
•
Implantação de política pública de controle ético de populações de animais
urbanos, por meio de programas permanentes, massivos e continuados de castração
(esterilização cirúrgica) de cães e gatos;
• Incremento
do programa municipal de registro geral de animais e propiciar o levantamento
da população animal de cães, gatos e cavalos nas áreas urbanas;
• Execução
do projeto já existente e não realizado do Centro Municipal de Atendimento a
animais em situação de risco;
• Criação do
Selo Amigos dos Animais para estabelecimentos comerciais da área, clínicas
veterinárias, veterinários autônomos, entre outros, que atuem em parceria com
os objetivos da Prefeitura Municipal, com contrapartida de incentivo fiscal do
município;
•
Implantação de unidades móveis de atendimento veterinário nas regionais da
Prefeitura de Curitiba;
•
Reformulação do Conselho Municipal de Proteção aos Animais (Comupa), para
recepção e subsídios para projetos específicos da área, desenvolvidos por
entidades do setor
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