Grimpeiro
Ave-símbolo de Curitiba utiliza pinheiros do Passeio como moradia
Desde 1820, quando um naturalista austríaco desembarcou por aqui para fazer a primeira grande pesquisa sobre aves nativas da região de Curitiba, 387 espécies foram catalogadas e registradas. Algumas quase sumiram, como a gralha-azul, e outras proliferaram desordenadamente, entre elas o pombo-europeu e o pardal. Atualmente, 262 espécies de aves podem ser avistadas em Curitiba, cidade que se orgulha de ter 18% do seu território coberto por florestas.
As informações estão no livro Aves de Curitiba (2009), obra de 18 pesquisadores, entre eles o ornitólogo curitibano Fernando Straube. O livro influenciou o Decreto 13.544, de junho de 2010, que estabeleceu o grimpeiro como ave-símbolo de Curitiba. É que o Leptasthenura setaria é uma espécie totalmente associada ao pinheiro-do-paraná – os ramos secos da árvore, onde constrói o seu ninho, também são conhecidos como grimpas.
“Poucos são os pássaros que têm uma ligação exclusiva com um só tipo de árvore, ainda mais com exemplares isolados que encontramos no Centro da cidade, por exemplo”, diz Straube. É novamente, um sinal vivo da importância do Passeio Público.
O ornitólogo é também um birdwatcher – observador de aves. Com a simples utilização de um binóculo, a prática é muito comum na Europa e nos Estados Unidos – os escritores Jonathan Franzen e Jonathan Safran Foer são alguns praticantes notórios – e começa a crescer no Brasil. Solitária e paciente, a observação de pássaros é utilizada também como terapia para combater a ansiedade e o transtorno bipolar. “Porque é o puro prazer da contemplação”, define Straube. (CC)
Fonte: www.gazetadopovo.com.br, em 09.04.2013
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