quarta-feira, 30 de março de 2011

VIVISSECÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO ANIMAL

Importantes esclarecimentos para quem defende os direitos dos animais ou para quem quer ser ético no trato com os demais seres da natureza.
Vamos primeiramente esclarecendo as coisas.
Vivisseção  é o uso de animais vivos para estudo dos processos da vida e de doenças, tanto na prática experimental, quanto na prática didática (prática acadêmica).  É toda manipulação feita em seres vivos, implicando em violação e corpos, sofrimento e morte.
Experimentos com animais são testes realizados em animais, mais ou menos invasivos fisicamente, podem ser comportamentais, com o ojetivo de testar a eficácia, toxidade e prever danos futuros, em produtos farmacológicos, cosméticos, farmacológicos, ou produtos de outras ordens, como os próprios estudos, que servem aos cientistas para obterem reconhecimento, que revertem em bonus aos próprios ou às academias. E pasmem, hoje são usados até para testes de armas e guerra !
Ambos são amplamente usados nos cursos da área de saúde, em nível superior, onde os estudantes são estimulados a estabelecer uma relação objetivada e diante de seres vivos, dotados de sentimento e consicência, subjetividades e interesses.
Qual é a diferença entre experimentação animal e vivisseção ?
 São a mesma coisa ?
Segundo nos ensina a bióloga e defensora dos direitos animais Paula Brügger, as expressões vivisseção e experimentação animal significariam quase a mesma coisa :
 “O termo vivissecção tem o significado literal de “cortar um corpo vivo”, mas também é usado para designar “a realização de operação ou estudo em animal vivo para observação de determinados fenômenos”. Segundo o The Concise Oxford Dictionary of Current English, vivissecção significa “dissecação ou outros tratamentos dolorosos em seres vivos para propósitos de pesquisa científica”. É verdade que existem estudos pouco invasivos, ou meramente comportamentais, que não se encaixariam bem no significado do termo “vivissecção”, se tomarmos a palavra ao pé da letra. Eu sigo a tendência dominante de tratar os termos como sinônimos, conforme as definições anteriores, porque, na prática, não existem diferenças expressivas entre eles.” (entrevista em www.anda.jor.br,  15.09.2010).

Nosso cotidiano está mais impregnado do sofrimento dos  animais do que imaginamos.
Você sabia que cada medicamento que você usa, desde aquele simples medicamento para dor de cabeça, até os medicamentos mais avançados e sofisticados, passaram por experiências em que os animais – ratos, cavalos – coelhos – porcos – cães – gatos, etc. Foram as cobaias ?
Você sabia que cada xampu, sabonete, hidratante corporal que você inocentemente passa no seu corpo, em algum momento do seu processo de produção, pode ter sido testado em um animal ? Os coelhinhos – sim – aqueles que simbolizam a Páscoa, são os preferidos !
Por outro lado, você tem idéia de que, para obter aquele belo corpinho que você tanto almeja, foram usados muitos porquinhos para testar se o aparelhinho para lipoaspiração funcionava direitinho ?
É assim que funciona: nossa sociedade está contaminada pelo pensamento de que para que algo seja seguro para os humanos, primeiro temos que usar nos animais ou usar os animais.
Com este pensamento, milhares, para não dizer milhões de animais são usados no mundo todo, em experiências dolorosas e covardes.
No entanto, a moderna ciência pode prescindir disto e se apega a este tipo de prática por dois motivos básicos: 1 – é mais barato; 2 – por continuamos considerando que os animais não-humanos vieram ao mundo para nos servir !
O que se sabe hoje e isto deve conduzir nossas escolhas do ponto de vista da eficácia, é que existem outros métodos para se obter os resultados sobre a segurança de medicamentos, de produtos, de procedimentos, etc., e que os resultados obtidos por estudos feitos com animais, podem não servir para seres humanos, da mesma forma que resultados obtidos em humanos, podem não servir para animais.
Do ponto de vista da ética, cabe-nos perguntar se é correto compactuarmos com este tipo de ciência atrasada e comprometida com uma lógica de mercado que busca apenas o lucro, ou com uma lógica que privilegia a vaidade humana, já que é fruto da escolha que quem a pratica.
Precisamos nos perguntar: qual é o mundo que queremos ?
Se tenho a opção de agir e decidir sobre um bem, um serviço, um produto ou um procedimento que não tem em sua cadeia de produção o sofrimento de um outro ser, por que escolho o produto contaminado pela dor de outrem ?
Este é um assunto árduo e delicado e é inevitável que nos coloque em cheque quando ele se apresenta, pois nos tira de uma condição confortável de seres supostamente conscientes, e nos coloca diante de outro patamar, que é o da  contigência ética, a condição de seres éticos.
Há muita informação e infindável discussão sobre este assunto e ficam todos convidados, por exemplo,  a pesquisar lista de produtos testados e não testados em animais para fazer suas escolhas.

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