quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Conscientização ajuda a reduzir número de animais abandonados em Foz do Iguaçu, PR



18 de dezembro de 2012 às 17:40

Banana, o gato abandonado que foi adotado pelo veterinário – Foto: Marcos Labanca/H2OFoz
É difícil apontar apenas um motivo para o abandono de animais. Muitas vezes, o bichinho é adotado por impulso. Em outras, o tutor se muda, age com frieza e abandona o cão ou gato. A questão deixa um número grande de animais perambulando pela cidade, pondo em risco suas vidas e a saúde do ser humano.
Conforme o Estatuto de Defesa, Controle e Proteção de Animais, o responsável deve garantir as condições de bem estar ao animal, ou seja, garantir que o bicho não passe fome, sede, desconforto, dor e lesões.
O médico veterinário Luiz Carlos Dembogurski acredita que o número de abandonos possa diminuir se o interessado valorizar o bicho desde o primeiro momento. “Adotar é um ato bonito, mas acredito que deve ser cobrado algo, um valor simbólico, para a pessoa entender que o animal vai dar custos a ela”, explica.
Legislação
Uma forma de assegurar esses direitos é o Registro Geral dos Animais, um termo de responsabilidade gerenciado pelo Centro de Controle de Zoonoses da região. A emissão do registro está prevista no estatuto –sancionado em novembro, e passa a ser obrigatório a partir de agosto de 2013.
Por enquanto, a identificação do responsável por animais é incerta. Conforme a proprietária de clínica veterinária, Nil Sena, “se alguém abandona um animal, temos que provar que aquele cachorro ou gato é tutelado por ele. E como fazer isso?”.
“Uma opção seria a identificação através de microchip, como acontece em São Paulo, porque os dados do tutor e do animal são computados. Então, o controle realmente existe neste caso”, completa o doutor. O uso obrigatório do microchip está previsto no Estatuto de Defesa, Controle e Proteção de Animais de Foz do Iguaçu.
Férias e abandonoOutro caso comum, principalmente nos períodos de férias (meses de julho e dezembro) e grandes feriados, é o animal ser deixado na clínica e o tutor não buscar. “Trabalhamos com hotel para animais também. E acontece de, mesmo tendo assinado um termo de que o animal ficaria aqui por 15 dias, por exemplo, o responsável não vir buscá-lo. E, neste caso, não é abandono, já que o bichinho recebe os cuidados necessários. É uma ‘transferência de tutela’”, conta Sena.
Foi isso que aconteceu com o gato Banana. O bichano foi deixado no hotel quando tinha apenas 15 dias e nunca mais foi procurado pelo tutor. Sorte dele (e do casal Dembogurski), ele se transformou na mascote da clínica. “Ele até sabe a hora de trabalhar. Ele pede para vir, fica me esperando no elevador”, contou o médico. O Banana foi uma exceção. Em casos comuns, depois de um tempo sem notícias do tutor, o animal vai para adoção.
Redes sociais e sua ajuda para encontrar tutoresNem sempre um animal solto na rua quer dizer que ele foi abandonado. E é uma angústia para o tutor quando o cão ou gato foge de casa. E, mais uma vez, as redes sociais, como o Facebook, entram em cena.
A cada dia, tem se tornado mais frequente ver na timeline anúncios de bichinho perdido ou encontrado. E então começa uma verdadeira mobilização entre os usuários para encontrarem o tutor do animal ou um novo lar para ele.
Exemplo disso é a página “Amigos dos Bichos”, de Foz do Iguaçu. Apenas uma das comunidades que prestam esse serviço na cidade.
Denuncie 
O abandono de animais é considerado um ato de mau-trato e é, portanto, ilegal e considerado crime. Isso culmina uma punição de prisão e multa. Quem testemunhar um caso de abandono pode fazer a denúncia em uma delegacia de polícia.
Serviço:
Polícia Militar de Foz do Iguaçu – (45) 3527-2133
Fonte: H2OFoz

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