Araucária-australiana da Rua da Paz e pinheiro-do-paraná da Manoel Ribas estão na lista das árvores protegidas na capital
Proteção ambiental
Curitiba terá mais árvores livres de corte
Atualmente, 21 árvores estão na lista das protegidas pelo município. População pode participar da nova seleção
Publicado em 27/08/2008
Viviane Favretto Fale conoscoComunicar errosRSSImprimirEnviar por emailReceba notícias pelo celularReceba boletinsAumentar letraDiminuir letraVocê conhece alguma árvore que considera relevante pela sua espécie, tamanho, capacidade de produzir sementes ou mesmo pela importância para a comunidade em torno dela? Então chegou a oportunidade de indicar essa árvore para fazer parte da lista das imunes de corte em Curitiba. A atual listagem, que tem 21 árvores, vai ser ampliada e uma equipe da Secretaria Municipal do Meio Ambiente está selecionando novas integrantes para a relação.
Alfredo Vicente de Castro Trindade, coordenador-técnico de Fauna e Flora da Secretaria, lembra que Curitiba tem esta lista de árvores imunes de corte desde 1987. “No início entravam na relação apenas as exóticas comuns, mas agora estamos buscando outras espécies”, explica. Segundo ele, também há na cidade as árvores tombadas por serem consideradas patrimônio cultural. Nesse caso, o processo é irreversível, ou seja, elas não podem ser cortadas em hipótese alguma. “Temos uma canela branca na Praça da França que está comprometida, mas não é possível fazer nada. Já as imunes de corte são vistoriadas periodicamente e podem ser substituídas por outras se houver necessidade.”
Saiba mais
Veja onde estão localizadas as árvores imunes de corte em CuritibaSem limite
A equipe da Secretaria do Meio Ambiente que faz as vistorias é formada por seis profissionais das áreas de Agronomia, Biologia e Engenharia Florestal, diz Trindade. Eles já verificaram a situação das atuais 21 árvores que fazem parte da lista e farão essa semana a quarta vistoria das candidatas a entrar na relação. “Não há limite para inclusão e por isso a população ainda pode mandar suas sugestões”, avisa o coordenador.
Os profissionais da Secretaria avaliam a saúde da árvore. “Não adianta eu tornar imune de corte uma árvore que está comprometida e que em pouco tempo terá de ser cortada”, explica Trindade. Ele afirma que também é avaliado o local em que ela se encontra (se compromete a fiação aérea ou se está em algum lugar que possa obstruir a visão de um farol ou uma sinalização de trânsito, por exemplo) e a via (se não se trata de uma rua que pode ser ampliada, o que implica corte da árvore).
Crime ambiental
De acordo com Trindade, todo esse trabalho deve ser concluído em 60 dias e então o novo decreto será encaminhado para sanção do prefeito. Todas as árvores imunes de corte recebem uma placa com a identificação da espécie e o alerta de que ela não pode ser retirada. Trindade diz que a pessoa que corta uma dessas árvores identificadas é processada por crime ambiental e responde nas esferas administrativa, cível e penal. “Há muitos anos foi cortada uma araucária-australiana que estava na lista das imunes de corte e foi instaurado processo contra o responsável”, lembra Trindade.
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Serviço
Sugestões de árvores que possam ser incluídas na lista das imunes de corte devem ser encaminhadas para a Secretaria Municipal do Meio Ambiente. O e-mail é smma@smma.curitiba.pr.gov.br.
http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=802100&tit=Curitiba-tera-mais-arvores-livres-de-corte
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Durante o ano de 2011 o Movimento SOSBICHO e Proteção Animal levou os participantes do Projeto Verde Rosa São Francisco para conhecer as árvores imunes de corte do bairro. Quando garantimos que certos espécimes não serão cortados, damos uma chance para a construção da memória ambiental e do relacionamento afetivo dos moradores de uma cidade. Cada árvore tem uma história para contar e cada cidadão tem sua história relacionada a estes entes.
Do ponto de vista da preservação das espécies animais e vegetais, é a garantia de vida longa às árvores e de ecossistemas para seus moradores: aves, roedores, abelhas, insetos, etc.
A árvore nova não substitui uma árvore velha. Na natureza, esta relação não existe. Uma árvore nova levará um dezena de anos para constituir copadas que sirvam de abrigos a animais, para produzir frutos (dependendo da espécie) e para cumprir o importate papel de limpar o nosso ar.
As árvores são seres vivos e como tal, têm o direito de viver.
Pintangueira da Rua Emilio de Menezes - São Francisco, que recebeu a visita dos alunos da Escola Estdual Dona Carola, no Projeto Verde-Rosa São Francisco |
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