Cultura livre do sofrimento animal |
Ativistas protestam contra uso de pássaro em cena
Maigue Gueths - Redação Bonde
Protetores independentes de Curitiba e a ONG Movimento SOSBicho de Proteção
Animal mobilizaram as redes sociais e procuraram as autoridades
competentes, nesta terça-feira (27), para impedir que a peça de teatro
Julia, que integra a Mostra Oficial do Festival de Teatro de Curitiba,
fosse encenada com o uso de um pássaro, como ocorreu no Rio de
janeiro, onde a peça já foi encenada.
O movimento de defesa dos animais tomou conhecimento do uso do pássaro
na peça teatral por meio de um vídeo postado no Facebook, que mostra
uma cena na qual um casal discute enquanto a atriz segura uma gaiola
com pássaro dentro. Pelo vídeo é possível ver que o pássaro se debate
durante a cena e começa a piar. Em seguida, o ator retira o animal da
gaiola com a mão, submetendo-o a outro estresse. As imagens são do
espetáculo encenado no Rio de Janeiro.
A mobilização surgiu efeito. Segundo a assessoria de imprensa do
Festival de Teatro, a produção do espetáculo decidiu substituir o
animal vivo por um pássaro de plástico. A substituição está garantida
não apenas para as montagens de Curitiba, que acontecem nos dias 7 e 8
de abril, mas também para os espetáculos futuros independente mente do
estado em que ocorrerem.
Em Curitiba, o uso de animais em espetáculos é proibido pela Lei n°
13.558, de 8 de julho de 2010, que dispõe sobre o comércio de animais.
Em seu artigo 2, a lei proíbe "a manutenção de animais silvestres,
nativos ou exóticos, domésticos ou domesticados, mesmo que para
simples exibição, ou como parte de composição de ambiente, nas feiras,
exposições e eventos afins que não tenham este fim específico, estando
aí compreendidos também eventos de cunho artísticos".
O Movimento SOSBicho entrou com um pedido de intervenção e
fiscalização junto à Rede de Proteção e Defesa Animal da Cidade de
Curitiba. Segundo o ofício encaminhado à rede, em Curitiba,
independentemente de toda a legislação estadual e federal que protege
os animais de maus tratos, há ainda leis específicas como a recente e
sancionada lei no. 13.908 de 2011, que prevê punicões a quem comete
abusos e maus tratos a animais; a lei no. 12.467 de 2007, que poríbe a
manutenção, utilização e apresentação de animais em circos e
espetáculos assemelhados; e a lei 13.558 de 2010, já citada.
A advogada Danielle Tetu Rodrigues, especializada em Direito Animal,
também estava trabalhando para acionar o Ministério Público Estadual
para evitar que o animal fosse utilizado em cena.
A ação do movimento em Curitiba lembra a recente mobilização nacional
durante a Bienal de São Paulo, em 2010, em protesto contra a obra
"Bandeira branca", de Nuno Ramos, que utilizava três urubus vivos.
Fonte: http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-3--1350-20120328
Temos que superar nosssas contradições |
Fonte: http://www.bemparana.com.br/papopet/index.php/2012/03/27/polemica-nas-redes-sociais-na-estreia-do-festival-de-teatro/
Blog Papo Pet
Crônicas sobre cães e outros bichos por Fabiana Ferreira
Polêmica nas redes sociais na estreia do Festival de Teatro
27 March, 2012 por Fabiana Ferreira
17:14
Uma polêmica sobre o Festival de Teatro de Curitiba, que estreia nesta
terça-feira (27), ganhou as redes sociais nesta data. O uso de um
pássaro, em uma gaiola, em cena da peça que faz parte da Mostra
Oficial “Julia”, da Companhia Vértice de Teatro. O Blog Papo Pet foi
informado pela produção do espetáculo no Rio de Janeiro que o animal
não é mais utilizado na peça, tendo sido substituído por um boneco.
Um vídeo postado no Facebook do MeuAmigoAnimal Marcio Bernstein mostra
uma cena na qual um casal discute enquanto a atriz segura a gaiola.
Pelo vídeo é possível ver que o pássaro se debate durante a cena e
começa a piar. Em seguida, o ator retira o animal da gaiola. As
imagens são do espetáculo encenado no Rio de Janeiro.
Protetoras independentes de Curitiba já estavam se mobilizando contra
a apresentação da peça na capital paranaense prevista para os dias 7 e
8 de abril, no Teatro Bom Jesus. A mesma peça tem sido encenada no Rio
de Janeiro. Um grupo de protetores, em Curitiba, já pretendia acionar
o Ministério Público para evitar que o animal fosse utilizado em cena.
O artigo 32 da lei de crimes ambientais esclarece que “praticar ato de
abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou
domesticados, nativos ou exóticos é punível com pena de detenção de
três meses a um ano, além da multa”.
A substituição do animal é mais uma vitória dos protetores. Isso
mostra mais uma vez a importância da manifestação da sociedade contra
os abusos praticados contra seres indefesos.
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