terça-feira, 27 de setembro de 2011

Cachorro morre em pet shop em Curitiba - Mia não late mais !

Publicamos a notícia porque temos que refletir sobre a instrumentalização dos animais, sobre a forma como são usados para ganhar dinheiro, sobre o despreparo do funcionário para a lida com seres sencientes, da "substituição" de um animal por outro como forma de suprir ou compensar o dano como se se tratasse de um objeto e não de um ser único, com uma vida única.
Os animais não devem servir para nada. No entanto, que a ocorrência sirva para que façamos a reflexão sobre a forma como nos colocamos no mundo e os valores que damos às nossas ações e s.obre nossa responsabilidade.
E mais, nos faz refletir sobre o alcance e aplicação de nossas leis que punem maus tratos animais e sobre a necessidade de estarmos atentos a novas leis, inclusive municipais, que devem estar prevendo sanções administrativas para estes casos.
Cremos também, que isto remete responsabilidades quanto ao exercício de atividades e profissões, sobe regulamentações e preparo de profissionais.

Mia não late mais. Nosso carinho e respeito.



26/09/2011 12h19 - Atualizado em 26/09/2011 15h18


Cachorro morre após ser agredido por funcionário de pet shop em Curitiba

Funcionário bateu com um instrumento de trabalho na cabeça do animal.

Estabelecimento lamentou o ocorrido, e deu outro cão para o proprietário.

Bibiana Dionísio e Fernando Castro

Do G1 PR



imprimir Uma cadela da raça yorkshire morreu dentro de um pet shop, em Curitiba, após ser agredida por um funcionário. De acordo com o laudo veterinário, a cadela, chamada Mia, teve parada respiratória, parada cardíaca, edema e sangramento na região do crânio. Os donos do animal registraram um Boletim de Ocorrência (BO) na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente.


saiba mais


Cachorro 'guardião' protege companheiro morto em Curitiba"Ele [o funcionário] disse que se sentiu ameaçado porque a cachorrinha iria tentar mordê-lo", contou o técnico em eletrônica Bruno Mazeiro, de 22 anos, que era o dono da cadela há seis anos. Segundo ele, Mia tinha menos de 30 centímetros e pesava 1,5 kg. O funcionário bateu na cabeça da cadela com uma rascadeira, instrumento utilizado para pentear pêlo de animais. "Acidentes acontecem, mas como foi de uma maneira cruel, a gente ficou chateado", lamentou.



O diretor-geral do pet shop, Luciano Mafra, afirmou que demitiu o funcionário logo após o ocorrido. “É um fato que não tem como deixar passar. É inadmissível”, disse ao G1. No entanto, o diretor não permitiu que Bruno visse as imagens do circuito de segurança do estabelecimento. "A gente quer saber a verdade, como aconteceu", afirmou Mazieiro. "Eles são responsáveis por quem contratam", acrescentou.


Mia morreu após ser agredida na cabeça por um funcionário de pet shop (Foto: Divulgação)Mafra afirmou que pretendia “não polemizar”. Ele disse que se trata de algo desagradável, e que o estabelecimento compreende o sofrimento do dono do animal. “Só tem que pedir desculpa mil vezes”, disse. Segundo o diretor, o funcionário trabalhava há mais de um ano no local.


Compensação

"Eles devolveram o corpinho dela em um envelope", contou Bruno. Na tentativa de compensar o cliente pela perda, o pet shop deu outro cachorro da mesma raça para Bruno e a noiva, além do enxoval, as vacinas e alimentação. Para receber o animal, Bruno precisou assinar um contrato de adoção e um termo que dizia que, a partir daquele momento, o pet shop não tinha mais pendências. Bruno afirmou que a direção do pet shop não negou nada a ele.



“Até onde entendemos, fizemos o que podíamos na tentativa de sanar problema”, afirmou Mafra.



Investigação

De acordo com a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, o funcionário deve responder criminalmente por maus-tratos, já que há testemunhas do fato. “Quando você deixa um animal no pet shop, supõe que vão cuidar bem”, disse o policial que conversou com a reportagem. Mais detalhes sobre as investigações não foram revelados, mas o pet shop poderá responder em uma possível ação cível. O ex-funcionário do pet shop não foi localizado pelo G1 para comentar o ocorrido.



A sugestão de reportagem foi encaminhada através do VC no G1.

Nenhum comentário:

Postar um comentário