segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Pesquisa mostra cobertura de árvores de Curitiba



Telhado verde da cidade aumentou em 100 mil metros quadrados

Curitiba possui cerca de 300 mil árvores nas ruas. As alterações mais significativas na arborização da cidade nos últimos 26 anos estão na maior diversidade de espécies plantadas em vias públicas, e o aumento em 100 mil metros quadrados na área das copas das árvores, que deixou Curitiba ainda mais verde vista de cima e mais protegida da insolação.

Os dados fazem parte da pesquisa do engenheiro florestal Rogério Bobrowski, do Departamento de Pesquisa e Monitoramento da Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Bobrowski levou dois anos estudando a dinâmica da arborização pública de Curitiba durante o curso de pós-graduação da Universidade Federal do Paraná.

A pesquisa comparou dados da arborização de Curitiba entre os anos 1984 e 2010. “A conclusão é que as árvores das ruas foram bem cuidadas ao longo desses anos, e que as reposições deram conta de substituir as árvores que precisaram ser removidas, e também que a população têm ajudado a manter essas árvores”, destaca Bobrowski.

Em 1984 na amostragem realizada foi constatada a existência de 94 espécies para plantada nas ruas da cidade. Em 2010 o número aumentou para 122 espécies, com destaque para a introdução de nativas e remoção das exóticas invasoras como o Alfeneiro.

Outro dado que chamou a atenção do pesquisador é o padrão de plantio, ou seja, grande quantidade de uma única espécie para compor a arborização e o paisagismo numa determinada rua ou região. Na nova arborização da avenida Marechal Deodoro, por exemplo, a Prefeitura selecionou o Pau-ferro, espécie nativa usada num trecho da rua Padre Anchieta, e que forma um grande corredor em meio a canaleta do ônibus expresso.

“Quando estiverem bem desenvolvidas, as árvores deixarão a Marechal Deodoro muito bonita”, diz Bobrowski. Além do Pau-ferro, as espécies que estão em voga na arborização de Curitiba são o Dedaleiro, Sibipiruna, Ipês Amarelo e Roxo, Hibisco e Extremosa. Da lista, apenas as duas últimas espécies são exóticas e não invasoras, porém são opções para calçadas pequenas.

As ruas de Curitiba têm um grande “telhado” verde como fica demonstrado na pesquisa. Isso porque as árvores plantadas no período estudado cresceram aumentando suas áreas de copas, num acréscimo de cerca de 100 mil metros quadrados de área, nas quinze parcelas do inventário realizado. Bobrowski encontrou árvores com copas variando de 200 a 500 metros quadrados de área.

“Isso significa um acréscimo de proteção em relação aos raios solares, principalmente numa cidade de grande porte com muitos prédios, e também de controle dos picos de temperatura”, argumenta Bobrowski.

A pesquisa será usada pelo Departamento de Pesquisa e Monitoramento que analisa e autoriza ou não os pedidos de poda e remoção de árvores das vias públicas. Mesmo sendo um serviço executado pela própria Secretaria Municipal do Meio Ambiente, o Departamento do Horto Municipal não pode fazer nenhuma interferência nas árvores sem a autorização do Departamento de Pesquisa e Monitoramento. “O estudo nos indica como proceder melhor nesses casos”, diz a diretora Érica Mielke.

Os indicadores analisados foram composição das espécies, quantidade de árvores, padrão de plantio, área de copa e condições fitossanitárias. Foram selecionados pelo pesquisador 15 unidades de amostras em 11 bairros: Bacacheri (2 amostras), Água Verde, Alto da XV, Centro, Boqueirão, Bigorrilho, Mercês, Seminário, Rebouças (2 amostras), Jardim Social e Cristo Rei. 
Fonte: www.jornale.com


Enquanto cidade como Porto Alegre aprovam leis que criam os TELHADOS VERDES, o Movimento SOSBICHO tem a registrar que cortes de árvores têm sido feitos na Rua Padre Anchieta. Não apenas cortes, mas podas criminosas com intenção de matar. Informação em 10.09.2012. Questionamos os responsáveis pelas podas e estes nos responderam que as podas estavam sendo feitas a pedido do proprietário da casa vizinha, pois as árvores estavam "incomodando". Questionada a Prefeitura, obtemos sempre as mesmas respostas: cortes autorizados. Dá vontade de desistir: mas não desistiremos !

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