quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Paraná debate uso de animais em experimentos científicos

Uso de animais em experimentos científicos é debatido em audiência pública

Audiência pública discute uso de animais em experimentos científicos.

Por iniciativa do deputado Marcelo Rangel (PPS), a Assembleia Legislativa realizou na manhã desta terça-feira (29) audiência pública para debater o uso de animais como cobaias em experiências científicas. O tema vem mobilizando a Casa desde a denúncia de que a Universidade Estadual de Maringá estava utilizando cães da raça “beagle” de seu biotério para experimentos na área de implantodontia. O Legislativo encaminhou ofício ao reitor da instituição tentando sustar a prática, o que só ocorreu depois que o Ministério Público do Paraná ajuizou ação nesse sentido.

Representando o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB), Alfredo Vicente de Castro, da secretaria municipal de Meio Ambiente, anunciou que a Prefeitura está encaminhando à Câmara de Vereadores dois projetos de lei, um deles disciplinando o comércio de animais e outro regulamentando a lei de proteção aos animais. Segundo ele, são passos importantes na direção da conscientização da posse responsável e de uma atuação mais efetiva na fiscalização e punição dos infratores.

Questão polêmica – Enquanto militantes e representantes de entidades protetoras dos animais repudiaram integralmente o uso da vivissecção – operação feita em animal vivo para realizar estudo ou experimentação científica – considerando o método cruel e comparável à tortura e argumentando que a moderna tecnologia ofereceria alternativas capazes de dispensá-la, pesquisadores e cientistas foram mais cautelosos, lembrando que medicamentos e práticas cirúrgicas hoje consagrados foram testados em bichos antes de sua aplicação em humanos.

Ponderaram também que é possível coibir os abusos e conferir mais ética e respeito ao tratamento de cobaias, mas não dispensar totalmente seu uso, uma vez que não existe ainda modelo tecnológico capaz de reproduzir o organismo vivo para os testes de novos medicamentos ou técnicas curativas.

Para o deputado Marcelo Rangel, os debates com os vários segmentos sociais envolvidos com a causa são indispensáveis para que se avance no terreno legislativo, seja através de emenda constitucional ou de leis complementares regionais.

Participaram das discussões, além do parlamentar, o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária, Eliel de Freitas, a presidente da Sociedade Protetora dos Animais da capital, Soraia Simon, o coordenador da Comissão de Ética do Uso de Animais da Universidade Estadual de Ponta Grossa, Giovani Marino Fávero, a representante da Comissão de Direitos Ambientais da OAB, Danielle Tetu Rodrigues, e a chefe da Divisão de Monitoramento e Proteção Animal da Prefeitura de Curitiba, Vivien Morikawa.

Fonte: Assessoria de Imprensa (41) 3350-4188 / 4049
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Movimento SOSBICHO esteve presente e contribuiu na discussão do tema defendendo o fim das experiências com animais no ensino e na pesquisa.


Roberta (ong Viralatas Controle e Proteção Animal), Andresa (Grupo Fauna), Tosca (SOSBICHO), Deputado Marcelo Rangel, Soraya (SPAC) e Rosana (Ecoforça)


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