Caudectomia e Conchectomia
Entenda a origem
O poodle foi desenvolvido para exercer a função de caça de aves aquáticas. A cauda longa e com pêlos atrapalharia o cão, dificultando a sua movimentação na água e podendo enroscar em plantas e galhos. A cauda deveria ser cortada em um tamanho que permitia ao tutor puxá-lo para fora da água em caso de necessidade. Hoje, os poodles não caçam patos, são cães de companhia, porém este padrão de mutilação acabou ficando. O Cane Corso (raça de origem antiga) tem suas orelhas e cauda amputadas, pois a sua origem como cão de batalha determinou que isto ocorresse. Sua orelha era um ponto vulnerável, e ao correr ele poderia ter a sua visão prejudicada, a orelha poderia se enroscar em alguma coisa ou ser alvo da mordida de outro animal. Quanto à cauda, também seria um ponto vulnerável. Hoje, isso não tem mais sentido algum.
Caudectomia: Amputação parcial ou total da cauda.
Cauda: Prolongação da coluna vertebral. Constituída pelas vértebras coccígeas,
músculos, vasos sanguíneos, terminações nervosas, e outras estruturas.
músculos, vasos sanguíneos, terminações nervosas, e outras estruturas.
Conchectomia: Corte das orelhas.
Se você gosta de verdade do seu animal, respeite-o e aceite-o do jeito que ele é! Diga não à esta crueldade.• Muitas pessoas, ao serem questionadas por que seus animais têm caudas e orelhas amputadas, respondem que é porque “a raça pede”, sem fazer idéia do porquê disso. Na verdade, não há mais fundamento, conforme visto acima, na origem dessas mutilações. As pessoas simplesmente aceitam padrões sem questionar. Mas, nesse caso quem sofre a conseqüência dessa ignorância é o animal. • Essas cirurgias estéticas desnecessárias são proibidas pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária. Com punição prevista para quem a pratica (para o veterinário e para o tutor do animal).
• O Conselho diz que a decisão foi tomada porque é preciso estabelecer uma convivência de respeito mútuo entre o animal e seu tutor, e as cirurgias não trazem nenhum benefício aos bichos. Os tutores precisam conhecer e respeitar os animais como eles realmente são.
• A cauda amputada pode produzir um neuroma (inflamação do nervo periférico) que causa dor durante toda a vida do animal.
• O rabo e orelhas são órgãos importantes para o desenvolvimento psicomotor do animal. Através deles o cão se comunica e podemos ver se estão felizes ou tristes, ou até perceber se estão doentes. Ela também é importante para o equilíbrio do animal.
• Para a veterinária Júlia Maria Matera, professora do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Veterinária da Universidade de São Paulo (USP), "com o corte de orelha você expõe o conduto auditivo do cão e tira a proteção dele”, diz a especialista ao Portal G1. Segundo Júlia, a USP não executa cirurgias plásticas estéticas em animais desde a década de 90.
• A operação é perigosa e desnecessária, um risco que o animal não precisa correr. Não existe necessidade de expor o animal a um risco anestésico ou de pegar uma infecção durante a cirurgia. E mesmo sendo uma prática cirúrgica delicada e perigosa, muitas vezes os próprios criadores (pessoas que exploram comercialmente animais) mutilam os animais em casa, sem anestesia.
• Os filhotes sofrem muito durante a caudectomia. Tanto animais quanto bebês recém-nascidos têm um limiar de dor maior do que a de um adulto, ou seja, são mais sensíveis a dor.
• No Brasil a maioria dos veterinários se nega a realizar cirurgias de corte de orelhas e caudas com objetivos meramente estéticos. A postura destes profissionais reflete a crueldade e a falta de necessidade destes procedimentos cruéis, que não trazem benefícios para os animais.
Alguns profissionais anti-éticos, ainda o fazem por dinheiro. Se denunciados, perdem seus registros. Denuncie.
O Conselho Federal de Medicina Veterinária, por intermédio da Resolução nº 877, proíbe a conchectomia (cirurgia de redução das orelhas), e aconselha a não realização da caudectomia (corte da cauda).
Art. 7º Ficam proibidas as cirurgias consideradas desnecessárias ou que possam impedir a capacidade de expressão do comportamento natural da espécie, sendo permitidas apenas as cirurgias que atendam as indicações clínicas.
§1º São considerados procedimentos proibidos na prática médicoveterinária: conchectomia e cordectomia em cães e, onicectomia em felinos.
§2º A caudectomia é considerada um procedimento cirúrgico não recomendável na prática médico-veterinária.
Baixe e cole este cartaz em clínicas veterinárias! Ajude a espalhar essa mensagem!
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