segunda-feira, 23 de julho de 2012

Eutanásia: a difícil hora de dizer adeus


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ANIMAL

Eutanásia: a difícil hora de dizer adeus

Quando o animal vive sofrendo, é preciso avaliar a opção pela eutanásia veterinária como um ato de compaixão

22/07/2012 | 00:14 | MICHELE BRAVOS, ESPECIAL PARA A GAZETA DO POVO

Como na história do filme Marley e eu, o momento de dizer adeus ao seu animal de estimação não é fácil. Nessa história real que virou livro e filme, o jornalista John Grogan opta pela eutanásia para cessar o sofrimento de seu companheiro, o labrador Marley.
Em situações assim, em que não se consegue mais postergar a dor nem o sofrimento do animal, é preciso entender que a eutanásia é a maior expressão de companheirismo do dono pelo seu animal. A veterinária Cassiana Ramos, professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), diz que essa deve ser uma opção quando o animal não tem mais qualidade de vida nem chances de recuperá-la.
Saiba mais
A veterinária Cassiana Ramos, da PUCPR, responde até quando se pode prolongar a vida do animal de estimação.
Até quando se pode adiar a decisão de fazer a eutanásia no animal?
Para saber isso, é preciso avaliar o bem-estar do animal, controle dos desconfortos, se haverá alguém para cuidar dele e se apresenta energia vital. Um veterinário pode auxiliar nessa avaliação.
Existem tratamentos realmente eficazes para se evitar a eutanásia?
Isso depende muito da patologia, da raça. Atualmente, a tecnologia disponível na medicina veterinária é bastante ampla, podendo até se considerar um transplante de medula óssea para pacientes com leucemia.
  • Fonte: www.gazetadopovo.com.br
Esse foi o caso da família do bombeiro militarDiogo Rodrigues, que teve de fazer a eutanásia do yorkshire Thor, aos 8 anos, que sofria de estenose na traqueia. “Ele chegava a se afogar com a própria saliva”, diz. Rodrigues ressalta que essa foi a última opção, pois enquanto foi possível, a família investiu em tratamentos.
A amizade que existe entre animal e dono é colocada à prova até o último minuto, uma vez que é aconselhável que o dono esteja junto do seu animal no momento da eutanásia, para transmitir segurança a ele. Rodrigues teve ainda outra tarefa difícil: contar para o filho sobre a situação do animal. “Tentei mostrar para ele que o cão não brincava mais e não agia como antes. Fui explicando o que estava acontecendo e que era necessário que ele partisse.”
A veterinária também recomenda cuidado na hora de procurar um outro animal. “O bicho não é um objeto que quebrou e pode ser substituído. Por isso, antes de adquirir um novo, reflita sobre a real necessidade de outra companhia.”

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