segunda-feira, 18 de junho de 2012

IBGE apresenta dados sobre lixo e esgoto no Brasil




COLETA DE ESGOTO E LIXO CRESCE AFIRMA   


IBGE, mas ainda não é universal




Instituto pesquisou acesso dos brasileiros ao saneamento adequado.
Regiões rurais ainda têm pouco acesso à rede geral de esgoto sanitário.

Do G1, em São Paulo



O acesso à rede geral de esgotamento sanitário ou à fossa séptica e a coleta de lixo cresceram no Brasil, segundo uma série de dados coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE) até o ano de 2009. O estudo, no entanto, aponta que o atendimento ainda não pode ser considerado universal no país, principalmente em áreas rurais. Nesta segunda-feira (18), durante a Rio+20, o IBGE apresentou um levantamento de indicadores de desenvolvimento sustentável no país.
O instituto analisou o acesso do brasileiro aos tipos de esgoto sanitário que são considerados adequados à saúde e ao ambiente durante os anos de 1992 a 2009. No último ano da série, aproximadamente 80% dos moradores das áreas urbanas e 20% das rurais tinham acesso à rede geral de esgotamento ou à fossa séptica.
“Enquanto o percentual de domicílios urbanos atendidos por rede coletora tem aumentado continuamente, o percentual dos atendidos por fossa séptica tem se mantido estável, com tendência de queda a partir de 2008”, diz o documento divulgado pelo IBGE.
Nas áreas urbanas, os locais com maior atendimento pela rede coletora, em 2009, eram São Paulo (com 91,1%), Distrito Federal (89,4%) e Minas Gerais (89,1%).
Nas regiões rurais, o IBGE afirma que os valores ainda são baixos, porém estão crescendo – em 1992, o acesso à rede considerada adequada era de 7,3% e, em 2009, esse número era de 19,5%. No último ano da série, áreas rurais de São Paulo tinham 44,3% de acesso, Distrito Federal, 22,6% e Rio de Janeiro, 17,9%.
Já na análise da proporção do esgoto tratado em relação ao que é coletado teve melhor desempenho as regiões Centro Oeste (88,9%), Nordeste (86,4%) e Sul (78,8%), segundo dados coletados pelo IBGE em 2008. Norte e Sudeste tiveram as piores porcentagens.
Coleta de lixo
No levantamento sobre o acesso dos brasileiros a serviço de coleta de lixo doméstico, a diferença entre regiões rurais e urbanas se repete em uma série de pesquisas feitas entre 1992 e 2009. De acordo com o IBGE, nas áreas urbanas, os percentuais de atendimento desse tipo de serviço se aproximam da universalização. Enquanto isso, a dispersão dos domicílios faz com que esses valores sejam menores nas áreas rurais, diz o instituto.

Do total de lixo coletado, quase 70% já tinham destinação final adequada em 2008, segundo dados divulgados pelo Instituto. “Esse resultado é ainda mais significativo quando se verifica que a quantidade total de lixo coletado cresceu mais de 50% neste período”, aponta o IBGE
.Na zona urbana, o maior acesso à coleta de lixo está nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste -- os índices nas regiões Norte e Nordeste já superam 95%. Nas áreas rurais, Sudeste e Sul já têm aproximadamente 50% de acesso, enquanto Centro Oeste, Nordeste e Norte ainda não atingiram os 30%.
De acordo com as regiões do país, o percentual de lixo coletado e adequadamente disposto é maior no Sul e no Sudeste do país. O pior número está na região Centro Oeste, seguida pelo Norte e pelo Nordeste.
Saneamento inadequado
A falta de saneamento adequado universal está relacionada aos índices registrados de doenças relacionadas a problemas nesse tipo de acesso, como diarreias, hepatite A, dengue, febre amarela, malária, esquistossomose e conjuntivites.
Segundo o estudo, houve uma queda acentuada de internações entre os anos de 1993 e 1998. A partir de 1999, são vistas pequenas oscilações nos valores totais. Em 2010, foram registradas 320,6 internações para cada 100 mil habitantes. Apesar disso, os valores não levam em conta doenças que têm um inseto como vetor de transmissão, cujos valores tiveram um padrão oscilante, sem grandes quedas ou aumentos, entre 1993 e 2010.
Ao analisar as internações pelas regiões e estados do país, existem grandes desigualdades. “Em 2010, enquanto na região Norte 691 pessoas foram internadas para cada 100 mil habitantes, na região Sudeste esse número chegou a 121”, diz o instituto.

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