quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Professor aponta castração e guarda responsável como principal política de controle populacional de animais


Vida e Cidadania

Quarta-feira, 28/11/2012
Gladson Angeli/Gazeta do Povo
Gladson Angeli/Gazeta do Povo / Chat sobre políticas de controle de animais de ruaChat sobre políticas de controle de animais de ru
O professor e médico veterinário José Ademar Villanova Junior, da PUCPR, especialista em bioética, conversou com os leitores da Gazeta do Povo sobre políticas voltadas a cães e gatos de rua
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26/11/2012 | 10:46 | ELLEN MIECOANSKIatualizado em 27/11/2012 às 17:21
Para o professor e médico veterinário José Ademar Villanova Júnior, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), a castração aliada a campanhas de conscientização sobre a guarda responsável de animais é a melhor solução para a situação de cães e gatos de rua. A eutanásia, segundo ele, deve ser aplicada em casos específicos e não serve para o controle populacional.
O professor é também especialista em bioética e participou na tarde desta terça-feira (27) de um debate on-line em que respondeu perguntas dos leitores e da redação sobre políticas de controle da população de animais de rua. A necessidade de se fazer esse controle, segundo Villanova Júnior, se deve a dois principais riscos: o de transmissão de doenças aos seres humanos e de acidentes de trânsito envolvendo os bichos. “Eles podem sofrer muito com isso, geralmente acabam em amputação, fratura de coluna. Isso quando sobrevivem. Então o controle é necessário para evitar esses problemas.”
Gilberto Abelha / Agência de Notícias Gazeta do Povo
 Gilberto Abelha / Agência de Notícias Gazeta do Povo / Ampliar imagem
E não apenas os cães e gatos sem donos são um problema para o poder público. Os semidomiciliados, que possuem um dono e lugar para dormir e se alimentar, mas que passam grande parte do dia nas ruas, formam o maior número de atendimentos nos hospitais veterinários por fraturas, além de oferecerem perigo a vizinhos e pedestres. Tanto para esses casos quanto para o abandono de animais, o médico veterinário afirma que as ações devem se concentrar na guarda responsável. “É instruir as pessoas de que são elas que respondem pelo seu animal dentro e fora de casa, pelo cuidados alimentares, abrigo, saúde e pelo que esse cão ou gato vierem a fazer na rua”, diz.
Já a eutanásia, segundo o professor, não é a melhor solução ou prática a ser adotada. Ele esclarece que existem casos em que a legislação permite, quando o organismo do animal não responde a nenhum tratamento e a manutenção dessa vida só trará sofrimento para o próprio animal.
Na última quarta-feira, a Assembleia aprovou o projeto do deputado Luiz Eduardo Cheida (PMDB) do controle ético da população de cães e gatos no Paraná, vedando a proposta do deputado César Silvestri (PPS) que previa a eutanásia.
Atendimento
O Hospital Veterinário da PUCPR, que fica no campus de São José dos Pinhais, na BR-376, km 14, atende animais doentes. Os donos devem levar seus bichos das 8 horas às 11h30 e das 14 horas às 17h30. Não há agendamento para primeira consulta, e o atendimento é feito de acordo com senhas distribuídas às 7h30 e 13h30.

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